PETRONAS INVESTE EM LABORATÓRIO A CÉU ABERTO EM CAMPINAS PARA INVESTIGAR MELHORES PRÁTICAS DE EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO | Petronotícias




faixa - nao remover

PETRONAS INVESTE EM LABORATÓRIO A CÉU ABERTO EM CAMPINAS PARA INVESTIGAR MELHORES PRÁTICAS DE EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO

multiflow1A operadora Petronas vai investir em um novo laboratório com experimentos a céu aberto no Brasil. A unidade será operada pelo Centros de Estudos de Energia e Petróleo (CEPETRO) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) a partir de janeiro do próximo ano. Com 1500 m² de área, o laboratório está pronto e vai passar a receber equipamentos financiados pela Petronas para investigar melhores práticas de extração de petróleo. A cerimônia de instalações ocorreu em Campinas (SP), com as presenças de diversos executivos da empresa, entre eles o gerente de Exploração Américas, Nasaruddin Ahmad; o gerente geral de Ativos Internacionais, Yusof Addullah; e o gerente de Exploração do Brasil, Ali Andrea, além do diretor da petroleira no Brasil, Omar Abdulah. Os executivos foram recebidos pelo diretor do CEPETRO, prof. Marcelo Souza de Castro, entre outros.

Batizado formalmente de Laboratório Prof. Fernando de Almeida França, o MultiFlow Lab, como foi apelidado, faz parte do grupo ALFA (Artificial Lift & Flow Assurance) do CEPETRO, e está estrategicamente localizado próximo a outros dois Laboratórios do grupo: LGE (Laboratório de Garantia de Escoamento e LabPetro (Laboratório Experimental de Petróleo). A integração desses laboratórios, com o compartilhamento de infraestrutura, possibilitará avançar no Technology Readiness Level (TRL) das pesquisas realizadas, acelerando o ciclo de inovação tecnológica no setor de óleo e gás nacional, com vistas ao pré-sal brasileiro.

Teremos uma linha de simulação de escoamentos multifásicos [bi e trifásicos] de três polegadas e 100 metros de comprimento e uma série de equipamentos. Isso tudo vai permitir aumentar a escala do que temos hoje em universidades no país para fazer simulações e testes que melhorem a produção de petróleo. Inicialmente o foco das nossas pesquisas estará em um problema comum na indústria petrolífera, que é a parada e repartida de poços, momento em que diversos problemas de garantia de escoamento podem ocorrer, e que tem muito ainda a ser aprimorado”, afirma o diretor do CEPETRO.

dasdO professor esclarece que, ao extrair petróleo de reservatórios, como ocorre em campos no mar (offshore), o processo resulta na produção de não apenas petróleo, mas também de gás natural, água e areia. “Normalmente, utilizamos modelos matemáticos para prever a extração desses diferentes produtos, e esses modelos são desenvolvidos com dados de laboratórios como o que está em construção”, diz.

Entretanto, quando a produção de um poço é suspensa por um período, as diferentes fases se separam ao longo das linhas, com o gás se acumulando na parte superior, o óleo no meio e a água na parte inferior. “Isso gera o que chamamos na indústria de problema de parada e repartida, pois quando se reinicia a produção essas diferentes fases podem se misturar, provocando problemas de produção, chamados de problemas de garantia de escoamento. Inclusive, em muitos casos, é necessário injetar agentes químicos para inibir essas misturas”, explica Castro.

Trata-se de um problema comum, mas que precisa ser melhor entendido e monitorado de acordo com as características e particularidades de cada poço de extração. “Muito já se avançou para inibir esse problema, mas ainda há muito para ser estudado e é o que vamos fazer no novo laboratório”, acrescentou. O grande diferencial do novo laboratório, de acordo com Castro, é propiciar que pesquisadores façam simulações em uma escala maior, permitindo que os modelos se aproximem mais da realidade. “Com os novos equipamentos teremos um laboratório com infraestrutura maior onde será possível levantar muitos dados para fornecer modelos para os softwares que as empresas usam para prever problemas de produção”, declarou.

Além de atividades focadas em resolver questões relacionadas ao problema de parada e repartida, a ideia é usar o laboratório para investigar outras questões relacionadas a temas importantes para a indústria petrolífera como outros pontos relacionados a garantia de escoamento e até mesmo à captura de carbono, por exemplo. “Temos outras empresas interessadas em construir novos aparatos experimentais para diferentes problemas da indústria”, concluiu o pesquisador.

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of