PF INDICIA MARQUETEIRO JOÃO SANTANA E OUTROS SETE INVESTIGADOS EM INQUÉRITO DA LAVA-JATO
As investigações da Operação Lava-Jato já devem começar a se converter em denúncias formais à Justiça. Nesta terça-feira (22), a Polícia Federal apresentou o indiciamento preliminar do marqueteiro João Santana (foto) e de sua esposa, a publicitária Mônica Moura, além de outros seis investigados no inquérito da 23ª fase da operação, que foi batizada de “Acarajé” e apurou crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. De acordo com os procuradores, há indícios de que Santana e Moura, presos há cerca de um mês em Curitiba, também se enquadraram em práticas de organização criminosa através de depósitos não declarados no exterior, que teriam relação com a atuação do casal em campanhas políticas.
Diante do indiciamento, cabe agora ao Ministério Público Federal (MPF) analisar se oferece ou não uma denúncia à Justiça Federal. O processo deve incluir no esquema a participação de empresas offshore ligadas à Odebrecht, que teriam repassado US$ 3 milhões ao marqueteiro, entre 2012 e 2013, e outros US$ 4,5 milhões ao engenheiro investigado Zwi Skornick, no período de 2013 a 2014.
Segundo os delegados da operação, a investigação aponta que Moura, Zwi e Bruno Skornick, filho do engenheiro, realizavam pagamentos entre si de forma oculta no exterior, com base em contratos firmados no Brasil. O casal Santana e Moura, que atuou à frente das campanhas presidenciais de Dilma Rousseff, é suspeito de ter recebido US$ 7,5 milhões em uma conta secreta fora do país. Também foram indiciados no despacho a esposa de Zwi, Eloisa Skornick, os ex-diretores da Petrobrás Pedro Barusco, Renato Duque e Armando Tripodi.
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