PLANEJAMENTO PASSA A VER ENERGIA NUCLEAR COMO ALTERNATIVA PARA O BRASIL
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia têm priorizado as fontes renováveis em seus discursos nos últimos tempos, mas parece que começaram a dar mais atenção à energia nuclear como fonte firme para a segurança do abastecimento energético do país.
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse, em entrevista à agência Reuters, que o Brasil vai precisar de mais fontes de base e o gás natural continua como escolha prioritária, mas ressaltou que a nuclear deverá passar a ser a principal opção para o país caso as reservas de gás não atendam a essa demanda.
Tolmasquim reconheceu que as térmicas deverão ter um papel mais representativo na matriz nacional, sendo que a escolha da utilização do gás ainda se baseia nas expectativas em relação ao pré-sal, de modo que, se a produção não alcançar o volume necessário, assim como o preço não for barato, o planejamento deve ter alternativas.
Como o Brasil tem a sexta reserva de urânio no mundo e domina a tecnologia, a energia nuclear “pode ser necessária no futuro”, disse o executivo à Reuters.
As empresas internacionais do setor nuclear já demonstraram interesse em investir em projetos no Brasil e a Abdan, que congrega as companhias do segmento no país, vem defendendo a importância de novas usinas para o fortalecimento do abastecimento.
“Com o esgotamento da capacidade de geração hidrelétrica, o Brasil vai precisar de térmicas para garantir o suprimento energético. Temos urânio, temos a tecnologia e há interessados em investir, sendo que as nucleares não emitem gases poluentes na atmosfera e são competitivas. Então acho que a fonte é a melhor opção”, afirma o presidente da Abdan, Antonio Müller.
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