PLANO DE DEMISSÕES DA PETROBRÁS ALCANÇA 11.700 FUNCIONÁRIOS E DEVE CUSTAR R$ 4 BILHÕES
O saldo é maior do que o total de qualquer outra petroleira em atividade no país. Juntos, poderiam formar a segunda maior operadora presente no Brasil, mas o objetivo do plano anunciado pela Petrobrás está longe desse alvo. Os 11.704 funcionários que assinaram os papéis oferecidos pela estatal internamente vão para casa ou – o que deve acontecer em boa medida – serão reaproveitados pela indústria e pelas rivais da companhia, já que muitos deles carregam consigo um vasto conhecimento sobre as atividades de petróleo e gás no Brasil e sobre o que há de mais avançado em termos de exploração offshore em águas profundas – área em que a Petrobrás figura entre as lideranças mundiais.
A questão, criada como forma de enxugar os custos da empresa e tratada pelo comando da estatal como algo prioritário, causa muitas divergências na indústria, já que traz junto dos saldos positivos um grande risco de perda de expertise e profissionais altamente qualificados para a companhia.
A Petrobrás responde a isso em seu próprio comunicado, afirmando que “implementou diversas iniciativas com foco no desenvolvimento de lideranças e na gestão do conhecimento e do efetivo, para dar continuidade aos processos e garantir a segurança operacional das unidades”. No entanto, a estatal não deu qualquer detalhe sobre as iniciativas.
Nas contas da Petrobrás, o custo com a dispensa dos 11.704 funcionários deverá ser de R$ 4 bilhões no total, podendo alcançar até R$ 4,4 bilhões caso haja novas adesões ainda não contabilizadas e a meta de 12 mil empregados demitidos seja atingida, conforme a previsão inicial do plano. Em contrapartida, a estatal acredita que essas demissões possam gerar uma economia de até R$ 33 bilhões até 2020.
Infelizmente, não será tão fácil está absorção destes profissionais uma vez que milhares de outros profissionais de altíssima qualidade estão a disposição no mercado a mais de um ano e que trabalham em empresas que desenvolveram as tecnologias que leigamente as pessoas dizem ser da Petrobras. Eu sei que não é uma disputa de quem chega primeiro as a fila é grande.
Pedro Parente e a atual presidência mostrando a que vieram. O próximo passo é o sucateamento da empresa e a venda.