PLANO DE DESINVESTIMENTO DA PETROBRÁS INCLUI CARTEIRA DE ATIVOS DE US$ 42 BILHÕES
A lista de ativos que a Petrobrás inclui como passíveis de venda para atingir a meta de seu plano de desinvestimento faz inveja a muitas petroleiras. Somente nesta carteira, o volume total soma US$ 42 bilhões, de acordo com o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro (foto).
Esse montante já exclui os valores recebidos em 2015 e 2016 pela venda de diversos negócios, que engordaram o caixa da empresa em US$ 13,6 bilhões. No entanto, já absorve a soma de US$ 1,5 bilhão que estava prevista para a meta de US$ 15,1 bilhões em vendas no ano passado, que não foi atingida.
As vendas aceleradas, a preços questionados por entidades críticas ao presidente da companhia, Pedro Parente, já estão sendo vistas como uma espécie de privatização a conta gotas, mas o executivo defende todas as ações sob a bandeira da redução do endividamento. Ainda assim, a empresa vendeu inclusive ativos promissores em início de produção, como o campo de Lapa, no pré-sal, que já geram recursos para o caixa.
O valor da carteira de ativos supera ainda a meta de se desfazer de US$ 21 bilhões de ativos entre 2017 e 2018, e inclui participações em empresas como Braskem e Braspetro.
E assim continuará o insano desmonte que comprometerá o futuro operacional da empresa que ficará sem preciosos ativos, a continuar ocorrendo o Lesa-Pátria de 2016. Espero que as ações judiciais em curso consigam interromper as atrocidades deletérias de venda de ativos a preços de liquidação.