POLÍCIA FEDERAL APONTA PROPINAS DE R$ 128 MILHÕES DA ODEBRECHT PARA O PT ENTRE 2008 E 2014 | Petronotícias




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POLÍCIA FEDERAL APONTA PROPINAS DE R$ 128 MILHÕES DA ODEBRECHT PARA O PT ENTRE 2008 E 2014

Marcelo OdebrechtA cota de pagamentos de propinas da Odebrecht para o Partido dos Trabalhadores passou da centena de milhões entre 2008 e 2014, e a contrapartida veio na forma de várias benesses para o grupo empresarial comandado por Marcelo Odebrecht (foto). A revelação é parte da 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada Omertà, que prendeu o ex-ministro Antonio Palocci nesta segunda-feira (26), com a indicação que foram repassados R$ 128 milhões entre as duas partes neste período. O juiz Sergio Moro decretou bloqueio das contas do ex-ministro, com limite no mesmo montante: R$ 128 milhões.

De acordo com as investigações, os valores foram repassados de diversas formas, seja pelo pagamento em espécie, pelo repasse de recursos a offshores e pagamentos ao marqueteiro João Santana, além de propina para Antonio Palocci – chamado de “italiano” nas planilhas de propinas da Odebrecht – e outros agentes ligados ao PT. O principal assessor do ex-ministro, Branislav Kontic, exercia o papel de intermediário nas comunicações entre Marcelo Odebrecht e Palocci, incluindo ainda a participação de Juscelino Dourado, outro que assessorou o ex-ministro. Os dois também foram presos nesta segunda.

Já por parte do ex-ministro, a “resposta” aos pagamentos vinha na forma de atuação para ajudar a Odebrecht em pelo menos quatro diferentes esferas da administração pública federal: a obtenção de contratos com a Petrobrás relativamente a sondas do pré-sal; a medida provisória destinada a conceder benefícios tributários à Odebrecht (MP 460/2009); negócios envolvendo programa de desenvolvimento do submarino nuclear – PROSUB; e financiamento do BNDES para obras a serem realizadas em Angola.

Palocci então era o elo de ligação para a gestão desses temas e dos recursos, que iam para uma espécie de “caixa geral” de propinas do PT, que em outubro de 2013 ainda possuía cerca de R$ 70 milhões. Os valores eram repassados tanto em período de campanha eleitoral como fora dele, assim como após sua saída de cargos no governo.

A petroquímica Braskem, controlada pela Odebrecht em sociedade com a Petrobrás, foi a responsável pela maior parte dos repasses, de acordo com as investigações.

Instituto Lula

Outra linha da investigação, influenciada pelos documentos apreendidos anteriormente na Lava Jato, indica que Palocci também atuou na intermediação da participação da Odebrecht em relação ao apoio ao Instituto Lula.

Dentre os documentos apreendidos, estavam projetos de construção de um prédio de três andares para o instituto, a ser instalado em um terreno adquirido pela Odebrecht previamente. Nesta parte das planilhas, foram incluídos R$ 12 milhões relativos ao Instituto Lula.

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