POLÍCIA FEDERAL ESTÁ APURANDO DENÚNCIA DE PROPINA QUE ENVOLVE A SBM E A PETROBRÁS

A Polícia Federal abriu dois inquéritos para investigar suposto pagamento de propina à Petrobrás e o envio de dinheiro ao exterior  no contrato com a empresa SBM Offshore e a compra de uma refinaria em Pasadena, no Texas. As investigações serão feitas pela Polícia Federal de Brasília em parceira com o procurador do Ministério Público Federal Orlando Espíndola, que já investigava a compra da refinaria.

O inquérito sobre a refinaria de Pasadena foi aberto pela PF após investigações do Tribunal de Contas da União sobre o assunto. No caso da empresa holandesa, o inquérito será baseado em informações divulgadas pela imprensa que repercutiram denúncia de um ex-funcionário da SBM, divulgada no site Wikipedia, de que funcionários da Petrobrás receberam dinheiro para fechar negócios com a empresa que aluga FPSOs.

Na onda da pressão sobre o governo, o PMDB liderou um movimento para a Câmara dos Deputados criar uma comissão externa para acompanhar as investigações na Holanda. Um movimento inócuo, já que dificilmente os parlamentares brasileiros vão conseguir informações que possam ser conclusivas para as investigações. O máximo que a esta comissão  vai produzir é movimento na mídia. A Petrobrás, através de nota, já se manifestou, dizendo que abriu um inquérito interno para apurar todas as informações sobre a assinatura deste contrato.

Segundo o Ministério Público da Holanda, depoimento do ex-funcionário, publicado na internet, faz parte de investigação no país. O relatório acusa a SBM de pagar US$ 250 milhões em propinas a autoridades de governos e de estatais de vários países, incluindo o Brasil. O esquema brasileiro ficaria com a maior parte, envolvendo US$ 139,2 milhões, destinados a funcionários e intermediários.