POLÍCIA FEDERAL INVESTIGA PALOCCI POR DOAÇÕES RECEBIDAS NA CAMPANHA DE DILMA EM 2010

O ex-ministro Antonio Palocci também está na lista de investigados da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O inquérito, que trata de suspeita de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos ou valores oriundos de corrupção, foi aberto em abril, mas não veio a público até o momento.

A apuração foi instaurada pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, em despacho de 14 de abril, com foco em uma doação R$ 2 milhões feita em 2010 para a campanha à eleição da presidente Dilma Rousseff, quando Palocci era o coordenador. Os recursos passaram a ser investigados depois que o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa fez acusações, em dezembro passado, de ter mandado o doleiro Alberto Youssef repassar o dinheiro para a campanha de Dilma.

“Autorizei Youssef a fazer o pagamento, mas quem me trouxe esse assunto foi ele, que também operacionalizou isso. Não tive nenhum contato com o Palocci e muito menos com a Dilma sobre esse fato. Isso tudo veio pelo Youssef”, afirmou Costa em dezembro.

Apesar das acusações, o doleiro negou esta questão e sugeriu aos investigadores que seja feita uma acareação com Paulo Roberto para que sejam sanadas as dúvidas. Agora o encontro dos dois está marcado para a próxima segunda-feira (22).

Mesmo assim, a situação do ex-ministro vem se complicando ainda mais, com a nova informação de que ele recebeu R$ 34,9 milhões por serviços de consultoria entre 2007 e 2010, quando exercia o mandato de deputado federal. Os valores foram recebidos por meio de sua empresa Projeto, e incluíram grandes somas de companhias de diversos setores, como empresas de saúde, bancos e incorporadoras, entre outros.