POLÍTICA EQUIVOCADA DO GOVERNO GERA GRANDE PREJUÍZO PARA ELETROBRÁS | Petronotícias




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POLÍTICA EQUIVOCADA DO GOVERNO GERA GRANDE PREJUÍZO PARA ELETROBRÁS

josé da costa carvalho netoA extensão da atual crise vem implicando danos cada vez maiores a diversas áreas da indústria nacional, e o setor elétrico não foge à regra. Afetada pela paralisia nas obras de Angra 3 e pelo saldo negativo de suas subsidiárias em meio ao cenário hostil do mercado, a Eletrobrás registrou um prejuízo total de R$ 14,4 bilhões em 2015, valor que supera em mais de quatro vezes as perdas de R$ 3 bilhões obtidas no ano anterior. Após envolvimento direto nas investigações da Operação Lava-Jato, a empresa paga hoje o preço de políticas equivocadas e arca com gastos judiciais que somaram R$ 7 bilhões ao longo do ano passado.

Os passos são os mesmos seguidos hoje pela Petrobrás, que ainda afere as perdas bilionárias em um ano de economia instável. Somam-se às dificuldades do mercado os custos decorrentes de escândalos políticos e o resultado não poderia ser diferente. As receitas obtidas com venda de energia de curto prazo caíram 53% no período, mas o principal peso negativo sobre as contas da Eletobrás se deu na Justiça, principalmente por meio de um empréstimo compulsório de R$ 5,3 bilhões.

Além disso, a estatal enfrenta perdas com impairments em um total de R$ 6 bilhões, motivadas principalmente pela paralisação nas obras de Angra 3. A usina nuclear, que teve suas obras suspensas após a revelação de esquemas de propina em contratos de licitação, representou sozinha um gasto de R$ 5 bilhões aos bolsos da companhia. Ainda sem destino definido, o empreendimento segue ampliando custos e demanda iniciativas do governo. Em anúncio feito esta semana, o presidente da empresa José da Costa Carvalho Neto (foto) afirmou que a construção da unidade deverá ser retomada ainda este semestre, possivelmente com uma nova licitação.

O balanço da Eletrobrás também foi impactado diretamente pelo prejuízo de R$ 5,1 bilhões somado por suas empresas de distribuição em 2015. O valor foi impulsionado por uma redução nas vendas de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), reflexo da queda no Preço da Liquidação de Diferenças (PLD) e da energia vendida pela Eletronorte e por Furnas no Leilão A-1.

Apesar da perda bilionária, o saldo foi amenizado pelo crescimento em algumas áreas da cadeia. Devido ao reajuste tarifário anual, a estatal conseguiu ampliar em 22% as suas receitas de operação e manutenção no segmento de transmissão. A reversão de provisão para perdas em investimentos, por sua vez, resultou em um montante de R$ 611 milhões para a companhia, que também contou com repasse de R$ 234 milhões de Itaipu. Com esse impulso, a empresa atingiu um Ebitda positivo de R$ 2,8 bilhões.

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Pergunta sem fim:

Onde, e o quê funciona bem com a gestão do governo? Ou melhor; desse governo?
Bolsa Família não vale