GOVERNO DO RIO BUSCA ATRAIR FORNECEDORES DA CADEIA SUBSEA PARA O ESTADO
Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –
Com o objetivo de trazer as principais empresas da cadeia subsea e atrair investimentos, o Governo do Estado do Rio de Janeiro vai formar um polo subsea em parceria com a Firjan, o IBP, a Onip, o Sebrae e a Rio Negócios. De acordo com o subsecretário de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial do Rio, Marcelo Vertis, o foco é voltado aos subfornecedores de itens como bombas, compressores, válvulas e dutos. O governo já apresentou o projeto para empresas na Noruega, na Escócia, na Inglaterra e fará o mesmo nos Estados Unidos.
Como surgiu a ideia da criação do Polo Subsea?
A ideia surgiu no contexto da perspectiva criada sobre o pré-sal. A Petrobrás é um dos líderes em tecnologia offshore, sendo que o Cenpes e o Parque Tecnológico atuam nesse meio há mais de 40 anos. A questão tecnológica no Rio de Janeiro é muito importante e já há um cluster formado aqui. Macaé concentra a base logística das operações offshore e no norte do estado há o Porto de Açu. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), em 2020, 44% de todos os equipamentos subsea no mundo serão produzidos no Brasil, mas, na verdade, e isso sou eu que digo, serão só no Rio de Janeiro.
Quais são os principais objetivos do Polo Subsea?
O objetivo é ter no Rio de Janeiro as principais empresas subsea, para ganharmos competitividade e atrairmos investimentos. Queremos trazer toda a cadeia de subfornecedores de itens como bombas, compressores, válvulas e dutos, para irmos além do pré-sal e competirmos no Mar do Norte, no Golfo do México, na Costa Africana e em vários outros lugares do mundo. Temos programas internacionais para isso.
Qual o investimento total do projeto?
O investimento será das operadoras na contratação de equipamentos. A Petrobrás divulgou no seu plano de gestão que vai aplicar US$ 150 bilhões em exploração e produção até 2018, sendo 25% na área subsea. Desse valor US$ 6,5 bilhões correspondem à compra de equipamentos. O que o governo faz é, por meio da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), dar apoio em forma de isenções para alguns setores e fazer capacitação de recursos humanos em programas de graduação e pós-graduação. A Agência Estadual de Fomento (Agerio) cuida da logística operacional e financia investimentos através de empréstimos.
Do que consiste o termo de cooperação com a Norwegian Centres of Expertise Subsea (NCE), a associação do polo submarino da Noruega?
A cooperação acontece na dimensão operacional e na capacitação de recursos humanos. A associação norueguesa quer que suas empresas participem do nosso mercado de equipamentos do pré-sal e nós queremos criar projetos conjuntos para desenvolver tecnologia. Estamos fazendo o mesmo na Inglaterra e faremos nos Estados Unidos, por meio da Câmera de Comércio Brasil-Texas (Bratecc). Nosso trunfo é o mercado.
Como feita a escolha dos locais das instalações do Polo?
O conceito de espaço é livre. Nós apenas indicamos. As empresas se instalam onde houver saída para o mar. A descoberta do pré-sal está toda aqui.
O que já está definido para o projeto?
O Governo do Estado se reunirá pela primeira vez, na quinta-feira (27), na Firjan, para discutir o plano de trabalho e questões de governo. Também faremos um evento na Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, nos Estados Unidos, para apresentar o mercado brasileiro a mais de 200 empresas da cadeia subsea. Já fizemos essa apresentação em Aberdeen, na Escócia; Newcastle, na Inglaterra; e Stavanger, na Noruega.
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