PORTO DE SANTOS NÃO CORRE PERIGO DE UM DESASTRE AMBIENTAL DEPOIS DO SUSTO DE UM PETROLEIRO DESGOVERNADO BATER EM SEU CAIS

Foi um susto daqueles na noite de quarta-feira (12) no Porto de Santos, parecido com uma cena que só se vê em filmes de terror. De repente, um navio gigante, um petroleiro da Transpetro desgovernado, vai em direção ao porto. Pânico geral, com tripulantes pulando dos navios. Sem reduzir a velocidade, o petroleiro só parou depois de bater em outras embarcações e colidir no cais. Mais tarde, foi confirmado que o navio  apresentou um problema no leme. Oficialmente, a Transpetro não se manifestou até ser provocada, porque ainda há muitas dúvidas que podem ser esclarecidas, como se há perigo imediato de algum problema ambiental, o que felizmente não parece haver, ou se o navio já apresentava algum problema anterior. Além disso, ainda não se sabe se a embarcação estava sendo conduzida por um capitão da Transpetro ou por algum Prático. O Petronotícias enviou algumas perguntas para a empresa, mas ainda espera pelas respostas.

Alguns vídeos de câmeras de monitoramento do local mostraram o momento em que o acidente aconteceu e flagraram alguns tripulantes de outros navios correndo para escapar do choque. A Autoridade Portuária de Santos (APS), responsável pelo Porto de Santos e vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos, informou que o navio Olavo Bilac, depois de operar no embarque de óleo combustível no cais da Alemoa 1, apresentou um problema no leme no momento que saía do porto, ao final do dia, por volta das 23h20. Esse problema, conforme a APS, levou o navio a virar para o costado do píer da Marinha do Brasil e se chocar contra o cais, se arrastando e batendo contra outras três embarcações que estavam atracadas no local – os navios Guajará, Guaporé e Maracanã.

Os tripulantes que estavam nos navios atingidos chegaram a pular das embarcações. Outros correram pelo pátio. Um oficial da Marinha sofreu escoriações leves na perna, precisou ser conduzido para a Santa Casa de Santos e já foi liberado. O Olavo Bilac aguarda a perícia por parte da Capitania dos Portos de São Paulo depois de retornar ao Terminal da Alemoa. A reportagem procurou a Marinha do Brasil e aguarda retorno.