PORTUGAL ESTÁ PERTO DE TORNAR OPERACIONAL SEU PROJETO DE GERAR ENERGIA DO ALTO MAR

imagen 9O projeto WindFloat Atlantic dá um dos últimos passos para estar totalmente operacional, em Portugal.  A última das três plataformas com uma turbina já instalada que compõe este projeto partiu  do porto de Ferrol até ao seu destino definitivo, a 20 km da costa de Viana do Castelo, numa viagem que irá durar três dias. Esta operação será concluída quando a última unidade se acoplar ao sistema de amarração previamente criado e se ligar ao resto do parque eólico marítimo. A terceira plataforma será instalada junto às outras duas unidades que já estão operacionais e fornecem energia à rede elétrica de Portugal.

O transporte de cada uma das três estruturas flutuantes que compõem o WindFloat Atlantic constitui um grande desafio, pois  evita a necessidade de contar com um navio rebocador especializado e facilita a sua replicação. A estrutura flutuante -com 30 m de altura e uma distância de 50 m entre cada uma das suas colunas- permite colocar  os maiores aerogeradores do mundo instalados numa superfície flutuante, com uma capacidade de produção de 8,4 MW cada. Depois de instaladas as três plataformas no parque eólico que, com os seus 25 MW de capacidade instalada, poderá gerar energia suficiente para abastecer o equivalente a 60 000 utilizadores por ano. O WindFloat Atlantic poderá poupar quase 1,1 milhões de toneladas de CO2.

Para lembrar, o projeto pertence à Windplus, que é propriedade conjunta da EDP Renováveis (54,4%), Engie (25%), Repsol (19,4%) e Principle Power Inc.aqaqaqa (1,2%). A instalação conta com três turbinas eólicas montadas sobre plataformas flutuantes ancoradas com correntes ao leito do mar a uma profundidade de 100 metros. A tecnologia do projeto WindFloat  minimiza o impacto ambiental e facilita o acesso a recursos eólicos sem explorar águas profundas. As plataformas foram construídas pelos dois países da Península Ibérica: duas delas nos estaleiros de Setúbal (Portugal) e a terceira nos estaleiros de Avilés e Fene (Espanha). O projeto recorre à tecnologia WindFloat  que permite a instalação de plataformas eólicas em águas profundas, inacessíveis até à data, onde é possível aproveitar os abundantes recursos eólicos.

Esta iniciativa contou com o apoio de instituições públicas e privadas, o que se traduziu na participação de empresas líderes nos seus mercados e no apoio, através de financiamento, do Governo de Portugal, da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimento. Entre as empresas que tornaram possível a realização deste projeto, destacam-se juntamente com a Principle Power a joint-venture Navantia/Windar, o grupo A. Silva Matos, Bourbon, o fornecedor de turbinas MHI Vestas e o fornecedor de cabos dinâmicos JDR Cables. O projeto Windfloat Atlantic marca assim um feito para o setor, dado que se trata do primeiro parque eólico flutuante semi-submergível do mundo.

Sobre a tecnologia Windfloat é importante dizer que ele  pode situar-se em águas muito profundas, o WindFloat  pode aceder a recursos energéticos em áreas marítimas muito vastas, respondendo a desafios sociais de relevo, como a transição para a energia limpa, a segurança da energia e as alterações climáticas, enquanto simultaneamente gera postos de trabalho, crescimento económico e oportunidades de investimento sustentável. As vantagens desta tecnologia são, segundo os fabricantes, é  o fato da montagem ser feita em terra, de não ser necessário um navio de transporte específico para o seu reboque e de não depender de operações offshore complexas associadas à instalação das estruturas fixas tradicionais. Estes fatores contribuem para reduzir as despesas associadas ao ciclo de vida e os riscos.

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