PP OFFSHORE INVESTE EM CENTRO DE SERVIÇOS PARA EMBARCAÇÕES DE APOIO NO RIO | Petronotícias




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PP OFFSHORE INVESTE EM CENTRO DE SERVIÇOS PARA EMBARCAÇÕES DE APOIO NO RIO

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Fernando Alcaide - PP EngenhariaA PP Engenharia, já tradicional no segmento termelétrico, decidiu ampliar suas atividades para os setores marítimo e de óleo e gás, e está criando a PP Offshore. Na prática, o grupo PP Participações, que engloba as duas companhias, já prestou serviços na área, após receber pedidos de clientes do setor térmico que também tinham atuação no mercado offshore, mas somente este ano houve a formalização da nova divisão especializada do grupo. Desde o início de 2015, começaram a montar um centro de serviços em São Gonçalo, com 10 mil m² de área, e no próximo mês já pretendem iniciar as primeiras operações. O diretor superintendente da PP Offshore, Fernando Alcaide, conta que estão investindo US$ 2,3 milhões na partida da nova atividade e terão três focos inicialmente: manutenção de equipamentos, armazenagem e preservação, além de fornecimento de mão de obra treinada. Além disso, a expectativa com a aposta é alta, mesmo num momento de crise do segmento: Nosso objetivo é que a PP Offshore esteja com o mesmo tamanho ou maior do que a PP Engenharia em dois anos”, diz Alcaide, que aproveitará a Marintec Navalshore, iniciando nesta terça-feira (11), no Rio, para apresentar a empresa e buscar novos contatos.

Por que decidiram criar um braço voltado ao offshore?

A gente começou a ver duas coisas acontecerem no ano passado que nos estimularam neste sentido. A primeira foi que o Brasil se direcionava para uma crise pesada, que ia afetar todos os mercados, inclusive o offshore. O setor tem muitos fornecedores de pequeno porte, que achamos que não iam sobreviver, então se abririam oportunidades. A segunda é que tínhamos clientes na área de energia térmica – onde se originou a PP Engenharia – também com atuação no mercado offshore e eles vinham perguntando se não queríamos atendê-los também no offshore, com a qualidade que já atendíamos nas térmicas.

Vocês já prestaram serviços no setor então, antes mesmo da formalização da PP Offshore?

Sim, mas sem irmos buscar negócios. Começamos a fazer alguns atendimentos de acordo com o que nossos clientes nos pediam. Não fomos ao mercado buscar clientes nem fizemos nada fora dos clientes que já eram da área de térmica. Quando a crise começou a se mostrar mais, um cliente nos pediu ajuda, dizendo que tinha muitas encomendas para o setor offshore e que se montássemos um centro de serviços para atendê-los seria interessante, porque tinham muita demanda já assegurada até o final de 2016.

E como está sendo a criação do centro de serviços?

Vimos que tínhamos sinergia com o negócio offshore, e vamos entrar numa hora em que o mercado está passando por uma dificuldade, de modo que vamos investir para estaremos prontos a atender à demanda do setor quando houver a retomada. O centro de serviços está com o cronograma avançado e devemos iniciar as primeiras operações já no mês que vem.

Qual a estrutura e o foco do centro de serviços?

Ele tem 10 mil m², em São Gonçalo, bem próximo à BR-101. Terá três focos inicialmente. Um deles será voltado para usinagem, soldagem e manutenção de equipamentos, como thrusters (sistemas de propulsão e de posicionamento dinâmico das embarcações), hélices, lemes e motores a diesel, que têm a ver com a nossa área original. Cerca de 2 mil m² da área serão utilizados para esse primeiro propósito e os outros 8 mil m² serão utilizados para armazenamento e preservação de grandes equipamentos. Não será apenas locação de espaço, mas também contará com a expertise de nosso corpo técnico para a preservação adequada dos equipamentos. E o terceiro foco é o fornecimento de mão de obra treinada e especializada.

Quais serão as primeiras atividades a serem desenvolvidas no centro de serviços?

Inicialmente seriam 18 meses de construção, mas já vamos entrar em setembro, após apenas nove meses do começo dos trabalhos, com um galpão de mil metros quadrados concluído, um pórtico de 20 toneladas, toda a parte de escritórios e a área para locação de espaços para armazenagem e manutenção de equipamentos. Então uma parte das atividades já será iniciada em setembro mesmo.

O que ficará faltando?

Os centros de soldagem e de usinagem vão ficar prontos no primeiro semestre do ano que vem, com a previsão de atingirem toda capacidade disponível entre março e abril. Outra coisa que estamos fazendo é uma junção das empresas do grupo PP Participações, de modo a garantir uma tríplice certificação (ISOs 9001, 14001 e 18000) para todas elas, incluindo a PP Engenharia e a PP Offshore.

Que tipos de clientes a PP Offshore pretende buscar no mercado?

Os clientes são os fabricantes e os donos das embarcações. O nosso foco é atender a esses dois segmentos, com armazenamento, manutenção e mão de obra especializada para os donos das embarcações de apoio; e com os serviços de manutenção para as fabricantes de thrusters e motores a diesel.

De que maneira pretendem ganhar espaço no setor?

O mercado é grande, mas está concentrado nas mãos de poucas empresas. Já temos alguns clientes para quem trabalhamos no mercado de térmicas e que também atuam no setor offshore, como a Wärtsilä, MAN e Caterpillar, por exemplo. Nós atendemos esses fabricantes e vamos buscar atender não só as necessidades dos motores, mas de todo o sistema de propulsão. E vamos buscar desenvolver um network maior nessa área. Vamos procurar as empresas, mostrar que temos experiência na parte de equipamentos de geração, que estamos montando um centro de serviços de excelente qualidade e um time renomado desse mercado. Além disso, hoje temos quase 60 mecânicos na área térmica prontos para atuarem também no setor offshore.

Como está sendo o planejamento de investimentos nessa expansão?

Nosso investimento está comportando não só a aquisição de equipamentos e a construção do centro de serviços, mas também um intenso programa de treinamentos de todo o grupo. É um projeto de três anos, que inclui um programa de trainee específico para a PP Offshore, para também formar uma mão de obra mais qualificada de jovens engenheiros, um programa de treinamento dos mecânicos voltado à área offshore e também uma série de treinamentos na área administrativa.

Quais as metas com o novo braço da empresa?

A PP Engenharia está investindo US$ 2,3 milhões na implantação da nova operação. Temos como meta realizar a manutenção em até 40 Thrusters por ano. Nosso objetivo é que a PP Offshore esteja com o mesmo tamanho ou maior do que a PP Engenharia em dois anos. Temos uma expectativa muito grande nesse mercado offshore, porque vemos mais oportunidades no médio prazo.

Qual a expectativa com a Navalshore?

Vemos como uma oportunidade de fazer network, mostrar a PP Offshore e nossos diferenciais ao mercado. Quando formalizamos a PP Offshore, o cronograma da feira já estava em andamento e não teria espaço perto dos players que nos interessavam, então optamos por não participar com estande neste ano, mas iremos como visitantes.

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Parabéns ao Grupo PP Engenharia e ao Sr. Fernando Alcaide.