PPSA CELEBRA CRESCIMENTO ALCANÇADO EM 2024 E ESPERA REPETIR O BOM DESEMPENHO EM 2025
Entramos na reta final de 2024, um ano que foi um marco para diversas empresas do setor de óleo e gás do Brasil. Nesta antevéspera de Ano Novo, vamos contar um pouco da história de uma dessas companhias que surfou nessa onda de expansão e registrou bons resultados. A série especial de entrevistas Perspectivas 2025 conversa nesta segunda-feira (30) com a presidente interina da estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), Tabita Loureiro. Ela afirma que 2024 foi um ano “excepcional” para a empresa, relembrando que houve avanços em todas as áreas de atuação da estatal. A produção da União no regime de partilha dobrou e passou da marca de 100 mil barris por dia. Os leilões realizados pela companhia durante o ano também registraram resultados bastante competitivos. A PPSA ganhou ainda novas atribuições e poderá comercializar o gás da União ao mercado, com o primeiro leilão do insumo já sendo estruturado internamente. Olhando para o futuro, Tabita projeta um ano de 2025 com mais crescimento para a estatal. “Vamos rodar o concurso público, mais que dobrando o quantitativo atual, o que implica em expandir fisicamente a empresa. Também vamos realizar o 5º Leilão de petróleo da União para comercializar 78 milhões de barris e esperamos encerrar o ano com a realização do 1º Leilão de gás da União”, projetou.
Como foi o ano de 2024 para sua empresa e seu segmento de atuação?
O ano de 2024 foi excepcional para a PPSA. Tivemos grandes avanços em todas as nossas áreas de atuação. Na comercialização, realizamos o 4º Leilão de Petróleo da União com a obtenção do melhor valor já pago na história pelo óleo da União, e sete processos de venda spot, com resultados competitivos. Além disso, vimos a produção da União dobrar e atingir mais de cem mil barris de óleo por dia, o que nos colocou como o quinto maior produtor do país em outubro. Nossa expectativa é encerrar 2024 com uma arrecadação superior a R$ 10 bilhões, 67% acima do que entregamos em 2023. É algo gigantesco.
Também tivemos autorização do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para acessar o Sistema Integrado de Escoamento (SIE) e o Sistema Integrado de Processamento (SIP) e comercializar o Gás da União ao mercado. Isso é um marco e estamos nos estruturando para realizar nosso primeiro Leilão de Gás Natural.
Na representação da União nos acordos de individualização da produção (AIP), negociamos as participações do AIP de Jubarte, a redeterminação do AIP de Tupi, o aditivo ao AIP de Sapinhoá e a equalização de gastos e volumes de Brava. Tudo isso garantirá mais produção e mais recursos para a sociedade brasileira.
Por fim, seguimos estruturando a empresa para continuar entregando um trabalho de excelência, considerando os desafios dos próximos anos. Estamos muito satisfeitos porque conseguimos aprovar o nosso primeiro concurso público, que vai ocorrer em 2025. Só temos a comemorar.
Como enxerga o futuro do regime de partilha ao longo dos próximos anos, em meio ao processo de transição energética?
Atualmente, a produção dos contratos de partilha é de um milhão de barris por dia, cerca de 30% da produção nacional. Essa curva de produção é crescente até 2030, quando vai superar dois milhões de barris por dia, sendo a parcela da União nesse mesmo ano superior a 500 mil barris por dia. Se considerarmos só os nove contratos comerciais, eles vão gerar para os cofres públicos nos próximos dez anos cerca de R$ 1 trilhão, entre royalties, tributos e comercialização de óleo e gás. Isso por si só já mostra o enorme retorno dos contratos de partilha para a sociedade brasileira nos próximos anos.
Além disso, ainda temos dez blocos em exploração e o CNPE autorizou mais 21 blocos para serem incluídos nos próximos ciclos de oferta permanente de partilha. A despeito dos resultados demonstrarem que o maior potencial geológico do polígono já está contratado, nossa expectativa é que a continuidade da oferta de áreas dentro do polígono aliada a esforços de políticas públicas para manter a atratividade do regime, fomente novos investimentos, sejam exploratórios ou de desenvolvimento, mesmo no processo de transição energética. Um mundo net zero não é um mundo sem hidrocarboneto e o setor upstream no Brasil responde por apenas 1% das emissões nacionais, além de termos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo com quase 50% de renováveis. Adicionalmente, o nosso petróleo é menos intensivo em carbono do que a média mundial. As emissões dos contratos de partilha em 2024 está em torno de 10,85kgCO2eq/boe, 40% a menos do que a média da OGCI. Tudo isso nos qualifica para continuar produzindo petróleo frente a uma demanda mundial historicamente crescente.
Por fim, quais são as perspectivas de sua empresa para o ano de 2025?
O ano de 2025 será de mais crescimento. Teremos novas plataformas entrando nos contratos de partilha no pré-sal e a produção de petróleo da União deverá crescer. Vamos ter um novo ciclo de oferta permanente de partilha conduzido pela ANP e esperamos a assinatura de novos contratos de partilha. Vamos rodar o concurso público, mais que dobrando o quantitativo atual, o que implica em expandir fisicamente a empresa. Também vamos realizar o 5º Leilão de petróleo da União para comercializar 78 milhões de barris e esperamos encerrar o ano com a realização do 1º Leilão de gás da União. Será um ano de novos desafios e esperamos que de muito sucesso.
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