PRATES DESTACA HISTÓRICO POSITIVO DA PETROBRÁS EM ÁREAS SENSÍVEIS E LEMBRA DO POTENCIAL DA MARGEM EQUATORIAL EM PETRÓLEO E EÓLICAS
O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, participou hoje (16) de uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado. Durante a reunião, como não poderia deixar de ser, a Margem Equatorial foi um dos principais temas debatidos. Prates voltou a defender a liberação das atividades de óleo e gás na região e lembrou do histórico positivo da Petrobrás na exploração em áreas ambientalmente sensíveis.
“O histórico da Petrobrás em perfuração de poços é [de] nenhum acidente. Nenhum vazamento historicamente da Petrobrás promoveu, deu causa, em atividade de perfuração exploratória”, disse na audiência. O presidente da petroleira também destacou que apesar das críticas de ambientalistas e ONGs internacionais contra os planos de perfuração na Margem Equatorial, a Petrobrás já tem um grande histórico de perfuração em áreas sensíveis da foz do Rio Amazonas.
“Pasmem: onde já tem pluma [do rio], tem os mangues, as áreas mais sensíveis já têm 60 ou 100 poços furados já no passado. A própria Petrobrás e outras empresas já perfuraram uma centena de poços na foz do rio Amazonas”, acrescentou. Prates disse ainda que a Margem Equatorial tem um grande potencial não apenas para exploração de óleo e gás, mas também na produção de energia eólica offshore. A Petrobrás tem o interesse em desenvolver as duas atividades na região.
A estatal está tentando obter o licenciamento ambiental do Ibama para perfurar um poço no bloco FZA-M-59, na costa do Amapá. O poço pretendido ficará a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas. O Ibama, no entanto, negou a licença em maio, mas a Petrobrás entrou com um pedido de reconsideração no órgão ambiental. Prates declarou que quando a licença for emitida, a petroleira precisará ainda de um período entre cinco e oito anos para produzir o primeiro óleo na região.
O presidente da companhia aproveitou a audiência para comentar sobre a política de preços de combustíveis. Como noticiamos, a Petrobrás anunciou novos aumentos nos preços da gasolina e do diesel, acompanhando assim a alta do barril de petróleo e a desvalorização do real frente ao dólar. “Nós não vamos repetir erros do passado, nem em relação a contratação, nem em relação a obras, nem em relação a gestão dos preços dos combustíveis”, afirmou. “Essa política (de preços) não é igual a de governos anteriores, absolutamente, estamos na ponta dos dedos entre valor marginal e custo alternativo do cliente e fizemos o ajuste (anunciado na véspera) para justamente levar o preço que estava começando a tender a desgarrar do nosso túnel de volatilidade”, disse Prates, que ainda completou: “Nós correríamos o risco de começar a perder dinheiro e nós não aceitamos isso e não houve interferência absolutamente nenhuma do governo”.
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