PRATICAMENTE PRONTO SUBMARINO RIACHUELO RECEBERÁ OS ÚLTIMOS EQUIPAMENTOS ANTES DE SER LANÇADO AO MAR
O primeiro dos quatro submarinos que estão sendo construídos simultaneamente na Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas – UFEM –, instalada na Nuclep, no Rio de Janeiro, foi transportado no sábado ( 13) para o EBN – Estaleiro e Base Naval da Marinha, em Itaguaí, onde será acabado e lançado ao mar, provavelmente em junho deste ano. Ele já está praticamente pronto. O cronograma prevê que o cabeça de classe, o Riachuelo, será lançado ao mar mas isso não significa que ele será imediatamente transferido ao setor operativo da Marinha do Brasil. Antes, passará por diversos testes de mar que tem por objetivo aferir e certificar os seus sensores, sistemas de combate, etc. O Riachuelo deverá, por exemplo, realizar teste de profundidade máxima e lançar um torpedo. A previsão é para que o Riachuelo seja comissionado ainda em 2018.
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) prevê a construção de 4 submarinos convencionais S-BR, derivados dos submarinos franceses classe Scorpéne, cujo projeto foi desenvolvido pela empresa estatal francesa DCNS, e construído sob a fiscalização da Marinha do Brasil. Depois do Riachuelo, virão o Humaitá (S-41) em 2020, o Tonelero (S-42) em 2021 e o Angostura (S-43) em 2022. Por fim, a Marinha construirá o primeiro Submarino com Propulsão Nuclear (SN-BR), que será batizado de “Álvaro Alberto”, uma homenagem ao Almirante Brasileiro que foi o pioneiro no uso da tecnologia nuclear no País.
Os submarinos convencionais, com propulsão diesel elétrica, tem a capacidade de ocultação periodicamente quebrada, uma vez que necessitam se posicionar próximo à superfície do mar para aspirar o ar atmosférico em determinados intervalos de tempo. Esse procedimento é necessário para permitir o funcionamento dos motores diesel e renovação do ar ambiente. Nessas horas, em função das partes expostas acima d’água, tornam-se vulneráveis, podendo ser detectados por radares de aeronaves ou navios. Para limitar tal exposição, devem economizar energia ao máximo, o que limita a mobilidade. Por isso, são empregados segundo uma estratégia especial, isto é, são posicionados em uma área limitada, onde permanecem em patrulha, a baixa velocidade. Em razão disso e graças a suas reduzidas dimensões, que lhes permitem manobrar em águas muito rasas, são normalmente empregados em áreas litorâneas.
Inaugurada em março de 2013, a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) representou um marco importante para a construção naval brasileira. Primeiramente os submarinos são feitos na Nuclep, na montagem dos cascos resistentes, depois seguem para a UFEM, local onde são colocados os cabos e os equipamentos. Trata-se da primeira parcela da infraestrutura que capacitará o País para a construção e manutenção de submarinos convencionais e com propulsão nuclear. Nessa unidade industrial de alta tecnologia, acontece o alinhamento e união de algumas subseções cilíndricas, a fabricação de peças estruturais, tubulações, dutos e suportes, assim como a montagem de materiais e equipamentos nas seções. A UFEM possui 45 edificações, que ocupam uma área total de 97 mil metros².
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