PREÇOS DO BARRIL DE PETRÓLEO SOBEM 5% APÓS SANÇÕES IMPOSTAS PELOS ESTADOS UNIDOS CONTRA A RÚSSIA

O mercado amanheceu agitado nesta quinta-feira (23), poucas horas após as sanções impostas pelos Estados Unidos à Rússia. O preço do barril de petróleo é um dos indicadores que refletem os efeitos das penalidades aplicadas pela Casa Branca. No momento da publicação desta reportagem, o Brent para entrega futura acumulava alta de quase 5% em relação ao dia anterior, sendo cotado a US$ 65,56. Já o WTI era negociado a US$ 61,41, valor 5% superior ao fechamento de quarta-feira.

As medidas impostas pelos EUA marcam uma guinada na relação do presidente Donald Trump com o líder russo Vladimir Putin. Descontente com a falta de avanços nas negociações para encerrar a guerra na Ucrânia, o governo americano busca afetar a economia russa para pressionar Putin a aceitar o fim do conflito, que já dura mais de três anos.

As sanções americanas, divulgadas ontem, impõem restrições aos principais fornecedores russos, Rosneft e Lukoil. As ações incluem o bloqueio de ativos e a proibição de transações financeiras das companhias e de suas subsidiárias. Ao anunciar as novas medidas, o Tesouro dos Estados Unidos declarou estar pronto para adotar providências adicionais e instou Moscou a aceitar de imediato um cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, criticou a resistência de Moscou em encerrar a “guerra sem sentido” contra a Ucrânia. “Agora é o momento de parar o derramamento de sangue e de estabelecer um cessar-fogo imediato”, afirmou Bessent em comunicado. Além das medidas anunciadas pela Casa Branca, os países da União Europeia (UE) aprovaram um novo pacote de restrições contra Moscou, incluindo a proibição da importação de gás natural liquefeito russo. Na semana passada, o Reino Unido já havia sancionado as petrolíferas Lukoil e Rosneft.