PREÇOS DO BARRIL SE APROXIMAM DOS US$ 90 E CRIAM PREOCUPAÇÃO COM NOVOS REAJUSTES DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL
O cenário geopolítico conturbado por conta das tensões entre Ucrânia e Rússia reverberam nos preços internacionais do petróleo. O valor do barril Brent chegou a tocar o patamar de US$ 89 nesta quarta-feira (26), registrando uma alta de quase 2%. Esse nível foi o mais alto registrado no valor do produto desde outubro de 2014. Já o barril WTI foi negociado durante a manhã por volta de US$ 86,90, uma elevação de 1,5% frente ao fechamento anterior. Também nesse caso, é o maior preço alcançado pelo insumo desde 2014.
No imbróglio entre Rússia e Ucrânia, ameaças entre Ocidente e Oriente acirram os ânimos. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a dizer ontem (25) que consideraria sanções pessoais ao presidente Vladimir Putin no caso de a Rússia invadir a Ucrânia. Há receios por parte dos analistas com a oferta de petróleo devido às tensões na Europa e possíveis interrupções no fornecimento no Oriente Médio por conta de recentes ataques do grupo Houthi do Iêmen contra os Emirados Árabes Unidos.
No Brasil, a preocupação se volta para o preço dos combustíveis, já que a cotação internacional do petróleo é um dos principais componentes da política de preços de derivados da Petrobrás. O último reajuste anunciado pela petroleira aconteceu no dia 11 de janeiro, com alta de 8% no diesel e de 4,8% na gasolina. Enquanto isso, o governo de Jair Bolsonaro negocia uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reduzir o PIS-Cofins que incide sobre os combustíveis. Ontem, o presidente escreveu em uma postagem no Twitter que a proposta vai permitir que os governos federal e estaduais possam reduzir ou mesmo zerar impostos de combustíveis, energia elétrica e gás de cozinha.
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