PREFEITA DE CUBATÃO SE REÚNE COM PRESIDENTE DA USIMINAS PARA AVALIAR ALTERNATIVAS ÀS DEMISSÕES
O corte de operações anunciado pela Usiminas em Cubatão traz preocupações à indústria e vem sendo tratado com atenção por diversas esferas do governo. A prefeita da cidade, Marcia Rosa (foto), deverá se reunir nesta quinta-feira (12) com o presidente da siderúrgica, Rômel Erwin de Souza, para debater possíveis alternativas à medida anunciada pela empresa. Anunciada no último mês, a paralisação da produção de aço na usina da região levaria à demissão de até 4 mil funcionários, além de afetar companhias que trabalham com o fornecimento de materiais à unidade.
O encontro terá como objetivo avaliar mudanças que evitem a concretização do corte. A prefeita afirma que buscará apoio do governo federal, e vem pensando alternativas como a alteração da alíquota do ICMS para tornar financeiramente viáveis as atividades da empresa, que movimenta até 8 mil empregos na região.
Frente ao anúncio das demissões, a CPI do BNDES aprovou nesta semana a convocação do presidente Erwin de Souza para que ele explique a medida de corte, adotada mesmo em meio ao repasse de recursos por parte do banco. O presidente do conselho de administração da companhia, Marcelo Gasparino da Silva, também teve sua convocação aprovada hoje pelos deputados da comissão.
O governo requeriu à Usiminas que suspendesse as demissões por 120 dias, e vem buscando uma solução para o cenário de dificuldades. Até o momento, no entanto, a companhia vem tratando o quadro como inevitável. A siderúrgica registrou prejuízos ao longo dos últimos meses e afirma que vem adaptando suas operações para se tornar mais competitiva no mercado nacional.
Nesta quarta-feira (11), trabalhadores e civis de Cubatão protestaram em frente à sede da Usiminas contra a paralisação e as demissões anunciadas pela empresa. O movimento contou com apoio do governo, que decretou ponto facultativo para aumentar a adesão à manifestação.
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