PREPARAÇÃO FINAL E TESTES DOS TRECHOS TERRESTRE E RASO DO ROTA 3 VÃO COMEÇAR NA METADE DO ANO, DIZ PETROBRÁS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

foto_8Uma das grandes expectativas do setor de óleo e gás brasileiro neste ano é a entrada em operação do gasoduto Rota 3, que escoará o gás do pré-sal para a costa. Em preparação para finalmente colocar o empreendimento em atividade, a Petrobrás informou ao Petronotícias que a fase final de comissionamento e testes dos trechos terrestre e raso estão previstos para o início do segundo semestre deste ano. O Gasoduto Rota 3 possui aproximadamente 355 km de extensão total, sendo 307 km referentes ao trecho marítimo e 48 km referentes ao trecho terrestre.

No começo deste ano, a petroleira já havia dado início à operação do trecho profundo do gasoduto. Enquanto isso, a empresa também trabalha na última atividade do trecho marítimo raso, que visa fazer a interligação do spool 2 (carretel) para conectar os trechos raso e profundo em lâmina d’água de 58 metros. Já as obras do trecho terrestre da praia até o Polo Gaslub (antigo Comperj) já foram finalizadas.

foto_1O trecho profundo da Rota 3 possui 297 km de extensão, compreendido entre lâminas d’água de 58 metros e 2.190 metros. Por sua vez, a parte marítima rasa está instalada em lâmina d’água que começa a partir de 58 metros de profundidade, com cerca de 10 km de extensão. Quando estiver em operação, a vazão de escoamento do Rota 3 será de aproximadamente 18 milhões de m³ de gás por dia.

O gás que será escoado pelo Rota 3 será tratado na Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Polo Gaslub. O projeto terá capacidade para escoar e processar 21 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural provenientes do polo pré-sal da Bacia de Santos. Juntos, o Rota 3 e as Rotas 1 (UPGN Caraguatatuba/SP) e 2 (Terminal Cabiúnas/RJ) – as duas últimas já em operação — disponibilizarão capacidade total para escoar 44 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Imagem1No final de janeiro, a Petrobrás começou os testes operacionais do Polo GasLub, que passou a receber gás natural não processado (gás rico) proveniente do Terminal de Cabiúnas. A entrada de gás natural no Polo GasLub ocorreu através do gasoduto Guapimirim-Comperj I (Gaserj) e viabilizou o início das operações dos sistemas de utilidades, principalmente da Unidade de Geração e Distribuição de Vapor. Esses sistemas garantirão o fornecimento das instalações e equipamentos necessários para a entrada em operação da UPGN, prevista para este ano.

Além das unidades que entraram em fase de testes, já estão funcionando a estação de tratamento de água, as subestações responsáveis pela distribuição da energia elétrica para o empreendimento, o Centro Integrado de Controle (CIC), os sistemas de utilidades auxiliares e o ‘flare’ (equipamento que realiza a queima de gases residuais).

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Lysane

Boa matéria e bela notícia.
Gostaríamos de saber, agora em julho/2022, quais foram as medidas adotadas nesses três meses?