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PRESIDENTE DA ABDAN DESTACA QUE BRASIL PODE ABRIR NOVO MERCADO BILIONÁRIO AO REAPROVEITAR COMBUSTÍVEL NUCLEAR USADO

img20241127214314451MEDO presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha (foto), defendeu nesta semana o reaproveitamento do combustível nuclear usado das usinas de Angra dos Reis. Segundo ele, é possível reprocessar esse material e até oferecer o serviço para outros países. Ele chegou a apontar que o combustível usado da central nuclear representa uma oportunidade bilionária de negócios para o país. O dirigente da associação foi convidado como um dos oradores de uma audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, que discutiu a recuperação energética de resíduos, com uso de tecnologias energéticas sustentáveis. A reunião foi idealizada pelo deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).

Para Cunha, existe um enorme potencial para reprocessamento do combustível nuclear usado das usinas Angra 1 e Angra 2 – que atualmente está devidamente armazenado no pátio da central nuclear, localizada na Costa Verde do Rio de Janeiro. “O Brasil utiliza tecnologia americana para armazenar esse combustível, que tem um valor significativo, chegando à ordem de bilhões de dólares. Esse combustível pode ser reprocessado e enriquecido. Países como a Rússia já dominam o ciclo completo de reaproveitamento”, explicou Celso. 

O presidente da ABDAN lembrou que o Brasil domina o ciclo do combustível nuclear, o que nos coloca em um seleto grupo de países. Isso inclui a extração do mineral, o beneficiamento e a produção do combustível. Contudo, o país ainda não possui o processo de reprocessamento do combustível usado. “Por que ainda não avançamos nesse ponto? Porque, no passado, o Brasil tomou a decisão de armazenar o combustível usado e decidir sobre o reaproveitamento depois. Porém, nunca avançamos com essa decisão. Agora é a hora. Estamos falando de bilhões de dólares armazenados”, apontou.

Cunha destacou ainda que com o início de operação de Angra 3, cuja decisão deve ser tomada nos próximos dias pelo CNPE, esse volume de combustível usado será ainda maior. Além disso, o país possui o potencial para abrigar futuros projetos dos chamados pequenos reatores modulares (SMRs).

Temos reservas para abastecer nossas necessidades e boa parte do mundo por mais de 260 anos, mesmo considerando a construção de mais usinas, como uma quarta, uma quinta e até 13 novas usinas no futuro”, apontou Cunha. “O que falta para isso acontecer? Criar um ambiente que favoreça esses avanços. Precisamos mudar a mentalidade de apenas armazenar combustível usado e adotar práticas consagradas internacionalmente. Isso significaria reaproveitar muitos megawatts”, finalizou.

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Isto é o que se chama colocar a carroça na frente dos bois. Dominamos o ciclo nuclear, prospecção e enriquecimento, porém em doses minimalistas. Por ano trocamos da ordem de cem elementos combustíveis em Angra 1 e 2. Mas talvez nem 10% sejam beneficiados,enriquecidos, em solo brasileiro. Não investimos dois tostões ao longo de 20 anos para trazer escala ao nosso enriquecimento. 90+% de nosso combustivel nuclear paga a parte do leão alhures, que indiretamente se apropria também de nosso mercado consumidor de energia elétrica nuclear, algo como nove ou dez por cento de todos os pagadores de tarifa do… Read more »