PRESIDENTE DA ANDRADE GUTIERREZ E EXECUTIVOS DA EMPRESA TORNAM-SE RÉUS NA OPERAÇÃO LAVA JATO
O cerco continua apertando. Na tarde desta quarta-feira ( 29), o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia contra executivos da Andrade Gutierrez, que passam a responder como réus as acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia foi feita pela força tarefa que investiga o pagamento de propina em obras públicas, contra o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo (foto), e outras 12 pessoas, incluindo ex-funcionários da empreiteira.
Além dos dois atuais executivos da Andrade Gutierrez, respondem ao processo ex-funcionários, como Antônio Pedro Campelo de Souza, Flávio Gomes Machado Filho e Paulo Dalmazzo; Os ex-diretores da Petrobrás Paulo Roberto Costa e Renato Duque; o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e os operadores Alberto Youssef, Armando Furlan Júnior, Fernando Soares, Lucélio Goes e Mario Goes.
Sergio Moro diz que há provas documentais da entrada e saída do dinheiro entre a Andrade Gutierrez e operadores de propina, paga em contratos da empresa com a Petrobrás. O Ministério Público Federal acusa a empreiteira do pagamento de R$ 243 milhões em vantagens indevidas nesses contratos. Há comprovações também de movimentações de pelo menos dez milhões de reais em operações de lavagem de dinheiro, feitas com o auxílio dos operadores Alberto Youssef, Fernando Baiano, Armando Furlan Júnior, Mario Goes e Lucélio Goes.
Mario Goes, preso desde fevereiro, fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Ele admitiu que movimentou pelo menos R$ 3,4 milhões e outros US$ 6 milhões, no Brasil e no exterior, para o pagamento de propinas a Pedro Barusco, ex-gerente da área de Serviços da Petrobrás.
A Andrade Gutierrez nega todas as denúncias e informou que a resposta às acusações será dada nos autos da ação penal. A nota oficial da empresa diz ainda os esclarecimentos trazidos pela empreiteira não foram levados em consideração.
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