PRESIDENTE DA OAS É PRESO EM DESDOBRAMENTO DA OPERAÇÃO LAVA-JATO

A sexta-feira foi negra para algumas empresas de engenharia. Investigado por práticas de superfaturamento e utilização de empresas de fachada, o presidente da construtora OAS, Elmar Varjão, foi preso hoje pela Polícia Federal (PF) em operação iniciada a partir de desdobramentos da Lava-Jato. O executivo foi detido junto a outros três executivos em meio à Operação Vidas Secas, que investiga crimes praticados em obras da transposição do Rio São Francisco.

Segundo os investigadores, os desvios cometidos teriam chegado a R$ 200 milhões por meio de empresas de fachada. Entre elas estariam empresas de velhos conhecidos da PF: a MO Consultoria, de posse do doleiro Alberto Youssef, e a Legend Engenheiros, do operador Adir Assad.

A investigação abrange também repasses que teriam sido feitos a executivos da CAB Ambiental, empresa do Grupo Galvão responsável por operações na região Nordeste. Possíveis irregularidades cometidas pela Ecoplan também vêm sendo analisadas na operação.

Os dias não têm sido fáceis para a OAS, que sofre ainda com impactos causados pelo avanço da Operação Lava-Jato e vive hoje processo de recuperação judicial, com dívidas em um total de R$ 8,8 bilhões. Sob acusações de pagamento de propina a diretores da Petrobrás, o ex-presidente da empreitera, Léo Pinheiro, foi preso e condenado a 16 anos de cárcere.