PRESIDENTE DA PETROBRÁS DESCARTA MUDANÇA NA POLÍTICA DE PREÇOS E NOVOS REAJUSTES PODEM SER ANUNCIADOS

silva-lunaO presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna, disse nesta segunda-feira (27) que a política de preços de derivados da Petrobrás não sofrerá mudanças. Ele também reconheceu que alguns fatores como o preço do barril Brent devem provocar um novo reajuste nos combustíveis no país em breve. Silva e Luna deu as declarações durante uma coletiva virtual na tarde de hoje, convocada pela empresa para prestar esclarecimentos sobre a política de preços.

Como dissemos, acompanhamos atentamente esses movimentos. Vemos o preço do Brent se posicionar em um valor elevado, acima de 70 dólares por barril. Está sinalizando uma necessidade de ajuste de preço”, afirmou Silva e Luna. “Começa a sinalizar em uma direção que esse último movimento pendurado do preço do Brent em uma posição mais elevada nos indica a necessidade de fazer algum movimento [reajuste]”, acrescentou.

Questionado sobre como avalia as perspectivas de, no futuro, o preço dos combustíveis sofrer algum tipo de redução, o presidente da Petrobrás preferiu não cravar nenhuma previsão, alegando que a formação do valor dos derivados envolve muitas variáveis complexas. Ele frisou, no entanto, que a atual política de preços da estatal – iniciada na gestão de Pedro Parente – não será modificada. “Gostaria só de reforçar que não há mudança na política de preços da Petrobrás”, destacou.

claudio-mastellaO diretor executivo de comercialização da Petrobrás, Claudio Mastella (foto à direita), também presente na coletiva, disse que a estatal tem evitado repassar a volatilidade exterior para o mercado interno. “Para evitar colocar um ingrediente mais um ingrediente na volatilidade interna, temos tomado cuidado no repasse de volatilidades diárias”, explicou.

Contudo, Mastella disse que aconteceram mudanças na leitura do mercado quanto à evolução da demanda internacional de petróleo e à redução da oferta de petróleo, especialmente nos Estados Unidos. “Em função disso, estamos olhando com mais carinho e cuidado a possibilidade de reajuste sim”, completou.

Deyvid-BacelarEm reação às declarações da diretoria da Petrobrás, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) emitiu uma nota na noite de hoje, afirmando que recebeu com indignação a possibilidade de um novo reajuste no preço dos combustíveis.

Enquanto a atual política de Preço de Paridade de Importação (PPI) não mudar, os preços dos combustíveis continuarão a subir e a inflação a explodir. O PPI, usado para reajustes, se baseia nas cotações internacionais do petróleo, na variação do dólar e nos custos de importação, sem levar em conta que o Brasil produz internamente cerca de 90% do petróleo que consome”, avaliou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar (foto à direita).

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