PRESIDENTE DA PETROBRÁS USA REDE SOCIAL PARA ANUNCIAR REDUÇÃO DE 1% NO PREÇO DO GÁS E EMPRESA PAGA MILHÕES PARA REPETIR NOTÍCIAS VELHAS EM JORNAIS
A Petrobrás está vivendo um momento diferente na comunicação. A presidente da companhia, Magda Chambriard, dando notícias através de sua rede social, enquanto a empresa está pagando milhões para divulgar velhas informações através de matérias pagas em jornais abertos. De certo, duas formas inéditas para companhia. Na história da Petrobrás, nenhum presidente usou as redes sociais para dar informações inéditas para o público, como fez Chambriard ontem (29) para anunciar que “A quem interessar possa, o preço do gás também vem caindo. Haverá a partir de 1º de fevereiro uma redução média de 1% nos preços de venda da molécula de gás natural em relação ao trimestre anterior. Os contratos preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação às oscilações do Brent e da taxa de câmbio R$/US$, em função das regras de reajustes previstas nos contratos com as distribuidoras.” É o uso da comunicação moderna diretamente com as redes sociais. É inédito e muito bom.
Magda lembrou que desde dezembro 2022, o preço médio da molécula vendida às distribuidoras acumula redução de até 23%, incluindo e efeitos da redução de 1% em fevereiro de 2025. Como não deixa de ser uma boa notícia, deve ter sido muito bem recebida. Mas fica uma dúvida: será que ela também antecipará o anúncio dos aumentos do diesel e da gasolina? Talvez, não. Pelo bom senso, sabe-se que ela ficaria muito exposta, ainda mais nesse momento em que o governo parece fazer tudo para segurar os preços dos alimentos e o crescimento da inflação. De um lado uma comunicação moderna, de outro a estranha decisão, sabe-se lá de quem, pagar caro para ficar repetindo notícias velhas em jornais abertos em um projeto de informação sem o menor sentido. Na história da companhia, isso também é inédito e, vamos dizer, esquisito, porque a Petrobrás não precisa disso. A sua mídia espontânea no Brasil e no mundo é incomensurável.
Sobre os aumentos dos combustíveis, seria bom lembrar que no final da reunião de ontem (29), o conselho de administração da Petrobrás concluiu que a companhia seguiu a política de preços de combustíveis durante o ano passado e início deste ano. Esperava-se que o conselho fosse optar por equiparar o diesel e a gasolina pelos parâmetros internacionais. Esses valores estão defasados e ninguém sabe quanto tempo os importadores de diesel e gasolina privados terão fôlego para comprar por um preço e vender praticamente pelo mesmo preço, tendo prejuízos ou não tendo lucros. O preço “abrasileirado” da Petrobrás é porque a empresa consegue preços melhores por comprar em grande volume e porque traz as cargas de combustível em frota de petroleiros própria. Não tem prejuízo, mas a margem de lucro é ínfima e deixa de lucrar consideravelmente. Tudo o que seus acionistas não gostam. Por enquanto, sem má notícia, principalmente para os caminhoneiros e para a cascata de aumento nos preços de todos os produtos transportados, principalmente os salários. No sábado (1º) o consumidor já vai sentir um aumento nos preços dos combustíveis nas bombas, uma vez que entra em vigor o reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O imposto sobre a gasolina aumentará em 7%, para R$ 1,47. Sobre o diesel, o ICMS subirá 5%, para R$ 1,12.
Hoje (30) pela manhã, a assessoria de imprensa da empresa distribuiu um release, como de hábito, informando a questão da redução do preço do gás: “Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação, para cima ou para baixo, às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio R$/US$. Para o trimestre que inicia em fevereiro de 2025 a referência do petróleo (Brent) caiu 6,0% e o câmbio teve depreciação de 5,3% (isto é, a quantia em reais para se converter em um dólar aumentou 5,3%).” O diretor de Transição Energética e Gás Natural, Maurício Tolmasquim, explicou que “A Petrobrás trabalha para oferecer uma carteira comercial com produtos cada vez mais competitivos para os clientes, de modo que possam compor o portfólio mais adequado às suas necessidades. Prevemos mais de US$ 7 bilhões de investimentos em novas infraestruturas de ofertas de gás natural, além de oferecer diferentes opções de contratos, com diversas modalidades de prazo e indexadores.“
A Petrobrás ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais. Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A companhia destaca, ainda, que a atualização anunciada para sábado (1) não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.
Desse jeito Eu vou infartar! So pode! A Petrobras ou sua agencia de noticias do podem estar de Sacanagem com os investidores . Se nao vejamos… No material de marketing gerado pela estatal em matéria paga ao jornal Valor Econômico (e nele nada é barato) na segunda foto da matéria, que diz a seguinte chamada: “Petrobras investe USS 16 Bi na transição energética justa”. Meu Deus! O que significa isso? Sim, primeiro os 16 Bi de Dollar, o que justifica esse valor? Alô TCU!!! Segundo, qual a definição de “ justa” ??? Justa pra quem cara pálida ?? E em… Read more »