PRESIDENTE TEMER DIZ QUE É PRECISO DEFENDER A INDÚSTRIA BRASILEIRA DO AÇO CONTRA TAXAÇÃO ABUSIVA
Começou nesta terça-feira(21)em São Paulo, o Congresso Aço Brasil 2018, com representantes do setor discutindo as novas estratégias ante a exposição global promovida pelos Estados Unidos. O presidente Michel Temer, que esteve presente na abertura, disse que é preciso defender a indústria brasileira, se dizendo preocupado com o protecionismo. Antes de sua fala, executivos do instituto, que representa a indústria siderúrgica do país, ressaltaram o clima hostil de protecionismo global e a necessidade de proteger a indústria brasileira. Em outros eventos, a associação tem sido crítica à postura de abertura comercial do atual governo. Temer disse que: “ Em todos os momentos em que falo nos organismos internacionais eu critico o protecionismo lá fora contra a nossa indústria.”
Outro destaque foi para a posse do novo presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Sergio Leite de Andrade, CEO da Usiminas, que ficará à frente da entidade pelos próximos dois anos, no lugar de Alexandre de Campos Lyra, do grupo Vallourec. O vice-presidente do Conselho é Marcos Eduardo Faraco, da Gerdau. “Nós somos a favor do livre comércio, mas estamos em um mundo com viés protecionista. Precisamos cuidar do mercado brasileiro, cuidar dos empregos”, afirmou Sérgio Leite. “ Temer foi muito positivo e claro , mas existem outras forças dentro do governo que pensam diferente do presidente”, disse.
Temer ainda destacou o papel de seu governo na mediação com a gestão norte-americana de Donald Trump, que impôs tarifas de 25% a importações de aço de diversos países. Inicialmente, o Brasil estaria incluso na lista de países taxados, mas o setor conseguiu um afrouxamento das medidas: hoje as empresas estão livres da tarifa, mas estão submetidas a um limite de cotas para exportações aos EUA. Para Sergio Leite, o mundo vive uma guerra de mercado com a China conquistando espaço e Estados Unidos e União Europeia tomando medidas para se proteger do avanço chinês por meio de sobretaxa (caso dos EUA) e salvaguardas (caso da Europa): “Apenas a América do Sul não apresentou posição sobre esta questão. Precisamos definir nossa postura e devolver o protagonismo do Brasil nas relações comerciais mundiais”, disse Leite.
Já o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, listou uma série de medidas que estão sendo tomadas pelo governo em parceira com as entidades ligadas à indústria do aço, entre elas o Instituto Aço Brasil, para garantir isonomia do mercado nacional e fortalece-lo ainda mais: “Não existe país forte sem uma indústria forte. Acreditamos que há espaço para crescimento, mas é preciso trilhar um caminho com reformas e controle de gastos”.
Com o objetivo de promover a análise e o debate de temas de grande relevância para a indústria do aço no Brasil e no mundo, o Congresso reúne todos os anos palestrantes nacionais e internacionais. Como destaques entre os convidados, estarão no Brasil na edição de 2018 Shunko Rojas, presidente do Fórum Global – G-20; Peter Levi, da Agência Internacional de Energia; e Michael Braungart; CEO da Environmental Protection and Encouragement Agency (EPEA).
O Brasil faz o que com os produtos que vem de fora?
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