PRESSÃO DO GOVERNO TRUMP OBRIGA O JAPÃO A DESISTIR DO IRÃ, MAS A ÍNDIA ENCONTRO UM MEIO DE MANTER AS IMPORTAÇÕES
A pressão do governo Trump faz efeitos entre os parceiros. Agora, as empresas japonesas dizem ainda não ter tomado uma decisão mas procuram fornecedores alternativos para aumentar quantidades importadas de petróleo de outros países. Os grupos petrolíferos do Japão deverão privar-se do petróleo iraniano, que representa 5,3% do total importado pelo país. De acordo com vários meios de comunicação japoneses a principal causa está o receio de represálias norte-americanas no caso de se manterem as relações comerciais com Teerã. Daqui a dois meses, em novembro, aguardam-se mais sanções de Washington que afetarão o setor petrolífero e do gás, essencial para a economia do Irã. Os executivos japoneses tentaram negociar um regime de exceção para continuar a adquirir petróleo iraniano mas de acordo com a imprensa do país os Estados Unidos rejeitaram e Tóquio tem poucas possibilidades de impor a vontade própria. Pobre em recursos, o Japão está altamente dependente de outros países em matéria de abastecimento energético.
Na Índia, as coisas estão diferentes. As refinarias de petróleo poderão contornar as sanções americanas e continuar a importar o petróleo iraniano em um esquema no qual os compradores passarão a usar embarcações da National Iranian Tanker e serão segurados por Teerã. A notícia surgiu pouco depois da Shipping Corp of India, maior exportadora do país, anunciar a interrupção de viagens ao Irã devido às restrições que estão sendo impostas pelos Estados Unidos. Muitos dos grandes compradores de petróleo bruto iraniano, incluindo a China e a Índia, indicaram que não têm intenção de parar a compra de petróleo do Irã por causa das ameaças de sanções dos EUA. Inclusive, de acordo com a mídia indiana, o Irã já ultrapassou a Arábia Saudita e se tornou o segundo maior fornecedor de petróleo estrangeiro da Índia, atrás apenas do Iraque. Entre abril e junho, o Irã forneceu aos indianos cerca de 457 mil barris por dia, segundo o Ministério do Petróleo da Índia.
Deixe seu comentário