PRESSIONADA PELOS REFLEXOS DA VARIAÇÃO DO DÓLAR NO PREÇO DA GASOLINA, PETROBRÁS ANUNCIA MUDANÇA EM SUA POLÍTICA DE REAJUSTES
O bom senso começou a prevalecer: a Petrobrás anunciou nesta quinta (6) uma mudança em sua política de preços da gasolina. A motivação foi a sequência de aumentos desde a segunda quinzena de agosto que elevou o preço nas refinarias em 12%. Mesmo assim, a Petrobrás diz que não haverá modificações na política instituída em 2016, o que significa que a empresa continuará acompanhando as cotações internacionais e as variações do dólar. Mas, a partir de agora, a área comercial pode propor períodos sem repasses de até 15 dias quando entender que o mercado está sendo pressionado por razões externas, como desastres naturais ou choques cambiais – razão do ciclo de alta atual, iniciado no dia 18 de agosto. O objetivo é suavizar o repasse das volatilidades aos seus clientes.
O diretor de refino e gás da estatal, Jorge Celestino, disse que: “O mercado brasileiro vem se sofisticando no que diz respeito à precificação. Aprendemos com os sinais que outros agentes têm dado à gente para implementar mecanismos e ferramentas para suavizar a volatilidade. O resultado final não vai ser alterado. Se subir 13% neste período, no final vai ter 13% de aumento.” Celestino diz que o mecanismo não prevê um prazo mínimo. Os reajustes diários continuam autorizados, mas podem ser suspensos em períodos de volatilidade excessiva. A decisão final será tomada pelo grupo executivo de acompanhamento de preços, que inclui Celestino, o presidente da companhia, Ivan Monteiro, e o diretor financeiro, Rafael Grisolia.
Até que enfim uma atitude sensata que há muito recomendamos. Com uma média móvel em períodos longos os preços, no final, ficam absolutamente ajustados e a Petrobras pode manter seu market share ao invés do que vinha ocorrendo.