PREVISTO PARA 2016, FPSO PIONEIRO DE LIBRA CHEGA AO BRASIL PARA INICIAR PRODUÇÃO EM JULHO
O campo de Libra, o primeiro leiloado sob o regime de partilha no pré-sal, já está mais perto de iniciar a produção. O FPSO pioneiro da área, construído no estaleiro Jurong, em Cingapura, chegou nesta semana ao Brasil, algumas semanas antes da última previsão, mas ainda assim com quase um ano de atraso, já que a produção agora está prevista para ser iniciada em julho, enquanto que o plano de negócios 2015-2019 da Petrobrás previa a entrada em operação da unidade no segundo semestre de 2016.
O resultado é mais um atraso em obras feitas no exterior, o que mostra que os argumentos da Petrobrás para levar projetos para fora do Brasil não são válidos também em relação aos prazos. A obra, orçada em quase US$ 1 bilhão, é responsabilidade de um consórcio formado pela brasileira Odebrecht Óleo e Gás com a americana Teekay, mas foi tocada pelo estaleiro Jurong desde o fim de 2014, o que indica que nem os estaleiros internacionais, de mais renome e qualificação, estão isentos dos riscos de atrasos – uma das bandeiras usadas pelo presidente da Petrobrás, Pedro Parente, para apoiar a quebra do conteúdo local. No caso desta unidade, que tinha exigência de apenas 5% de conteúdo local, as empresas do consórcio calculam que ao final tenham sido atingido um total de 7% de conteúdo nacional.
O FPSO vai marcar os primeiros testes de produção na área de Libra, com capacidade para processar 50 mil barris de petróleo por dia e comprimir e reinjetar 4 milhões de m3/dia de gás associado, sendo que sua execução é resultado da conversão do navio petroleiro Navion Norvegia.
A Petrobrás é operadora da área de Libra, com 40% de participação no consórcio, em parceria com as estrangeiras Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%), tendo como gestora do contrato de partilha da produção a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).
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