PRIMEIRA SONDA “BRASILEIRA” DO PRÉ-SAL PODE SER ESTRANGEIRA

Pode ser estrangeira a primeira sonda “brasileira” de exploração do pré-sal. O equipamento, com entrega prevista à Petrobrás em 2015, pode acabar sendo produzido fora do país devido à lentidão da construção do estaleiro Jurong (ES), da SembCorp, conforme reportagem de Ramona Ordoñez no jornal O Globo. Até março, apenas 15% do estaleiro havia saído do papel. Com isso, a plataforma já deve ter seu casco completamente feito em Cingapura, sede da SembCorp, assim como o casco da segunda unidade, prevista para julho de 2016. Inicialmente, apenas o corte de chapas da primeira sonda ocorreria em Cingapura.

Segundo a Petrobrás, as sondas que venham a ser construídas totalmente no exterior não atendem ao conteúdo local – que varia entre 55% e 65% – e a petroleira não pensa em mudar a exigência. Já a ANP diz que, se a exigência for descumprida, aplicará as penalidades cabíveis.

Por sua vez, a Sete Brasil, criada para viabilizar a entrega de 28 sondas até 2020 por US$ 25 bilhões, assegurou não há possibilidade de a primeira sonda ser totalmente construída no exterior e que alguns procedimentos foram feitos no exterior a fim de acelerar a construção.