PRIMEIRO DIA NA PRESIDÊNCIA DA PETROBRÁS IVAN MONTEIRO TERÁ TESTE DE FOGO NESTA SEGUNDA-FEIRA
Depois da abertura dos negócios na bolsa de valores nesta segunda-feira(4), o país terá uma visão mais clara sobre a demissão do ex-presidente da Petrobrás, Pedro Parente. Houve quem quisesse enaltece-lo ao comparar o seu pedido de demissão a do técnico do Real Madrid, Zinedine Zidane. A diferença, no entanto, é que a torcida do clube espanhol estava feliz pelo desempenho do treinador. Os dias de angústia e caos que o país atravessou durante dez dias da greve dos caminhoneiros mostraram bem se o resultado da política de preços da Petrobrás estava certa ou não. Com a saída de Parente, se intensificou a pressão do Congresso sobre o governo para que haja mudanças. Os pedidos para que o Palácio do Planalto anuncie medidas capazes de barrar a volatilidade das tarifas de combustíveis nos postos ganharam força, inclusive entre os partidos aliados ao presidente Michel Temer. Apesar do governo ter anunciado que a política de preços não mudará, ele sabe qual o resultado que ela trouxe para o país. E esta afirmação de continuidade, não será verdade absoluta. Vai mudar.
A assunção de Ivan Monteiro, que acumula o cargo de diretor financeiro da companhia, para o cargo de presidente, volta a quebrar a tradição da empresa de ter alguém oriundo da companhia em seu comando. O nó da questão não se limita apenas no sabor que o mercado terá com a presença de Monteiro à frente da empresa, mas como os funcionários da Petrobrás reagirão a sua liderança. Esse fator será tão ou mais importante para a paz na companhia e o desempenho de suas próximas ações. Após a saída de Parente, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou que o comando da Petrobrás precisa combinar três fatores: visão empresarial, sensibilidade social e responsabilidade política. Ele quer transferir para a agência reguladora do setor, a ANP, a decisão de tomar medidas em relação aos preços praticados pela estatal.
Ivan Monteiro, que chegou na Petrobrás pelas mãos do ex-presidente, Aldemir Bendine, preso em Curitiba pela Operação Lava Jato, se quiser continuar a frente da estatal terá que submeter ao que o governo quer na política de preços. O Ministério de Minas e Energia informou que uma mudança na forma como os preços são repassados ao consumidor está em estudo e deve ser anunciada o mais rápido possível. O objetivo é garantir que o valor dos combustíveis nas bombas sofra menos flutuações, ao mesmo tempo em que se garanta a preservação da Petrobrás. Será Preciso definir uma política de preços que, preservando a empresa, proteja também os consumidores. O secretário-executivo do MME, Márcio Félix, disse que o modelo ainda não está definido, mas poderia ser, por exemplo, o estabelecimento da flutuação de um tributo, como nos Estados Unidos. Dessa forma, se o preço do combustível subisse, o tributo seria reduzido automaticamente, permitindo uma estabilidade no preço final.
Outro fator preponderante será a decisão de se manter a privatização de ativos importantes e estratégicos da empresa. Até agora, Ivan Monteiro não se pronunciou sobre isso. Teoricamente ele é a favor, mas isso poderá depender o apoio dos petroleiros. A manutenção do projeto de privatização sob o guarda chuva do nome Plano de Desinvestimento, será crucial. Amanhã (5) a Justiça Federal, em Pernambuco, decidirá se mantem ou não a venda da rede de gasodutos da TAG, a maior do país, que contraria a lei das estatais. O relator do processo deu parecer favorável a suspensão da venda. Um dos desembargadores que participa do julgamento, pediu vistas do processo, que será retomado nesta terça-feira.
Para lembrar quem é Ivan Monteiro, veja a sua experiência: foi vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do Banco do Brasil de 2009 a 2015, onde já ocupou os cargos de gerente executivo da Diretoria Internacional, superintendente comercial, gerente geral nas agências do BB em Portugal e Nova York e diretor comercial. Foi presidente do Conselho de Supervisão do BB AG, subsidiária do banco na Áustria, diretor vice-presidente do BB Banco de Investimentos, da BB ELO Cartões Participações S.A., da BB Leasing S.A. Arrendamento Mercantil e da BB Administradora de Cartões S.A., e membro do Conselho de Administração das empresas Banco Votorantim, BV Participações, BB SH-2 MAPFRE, Ultrapar e BB Seguridade. Vai comandar a Petrobrás sem nunca ter sujado a sua mão com petróleo. O que virá pela frente? Quem viver, verá.
Pelo jeito haverá na Petrobrás Ivan Monteiro e séquito.
Séquito herdado.
O WEBSITE PETRONOTÍCIAS DEVERIA ASSIM DESIGNAR O PRESENTE ARTIGO:
“PRIMEIRO DIA NA PRESIDÊNCIA DA PETROBRÁS DE IVAN MONTEIRO E SÉQUITO. TERÃO TESTE DE FOGO NESTA SEGUNDA-FEIRA.”
Bomba de efeito retardado na Petrobras cai no colo de IVAN MONTEIRO e séquito.
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