PRIMEIRO DIA DO SEMINÁRIO ANUAL DA LAS/ANS DEBATE O FUTURO DO SETOR NUCLEAR BRASILEIRO
A semana começou movimentada no setor nuclear brasileiro com a abertura do Seminário Anual da Seção Latino Americana da American Nuclear Society (LAS/ANS). O evento começou hoje (15) na Comissão Nacional de Energia Nuclear, no Rio de Janeiro, e contou com a participação de vários nomes da indústria nuclear nacional. Nesse primeiro dia de seminário, os principais temas discutidos foram o uso da tecnologia nuclear para a transição energética mundial e as perspectivas futuras para aplicação dos pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês).
Entre os participantes das discussões desta segunda-feira estiveram a presidente da ANS, Lisa Marshall, o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha, o futuro presidente da LAS/ANS, Orpet Peixoto, o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), Carlos Freire, o deputado federal Reimont Otoni, ntre outros.
“Estamos aqui mais uma vez participando do Seminário Anual da LAS/ANS falando sobre o futuro do setor nuclear brasileiro e abordando questões como a implementação de Angra 3 e a geração de energia em locais remotos. As novas tecnologias do setor nuclear podem fazer a diferença nessas localidades, especialmente os SMRs, gerando energia limpa, segura e garantida”, disse Celso Cunha.
Amanhã (16), o vice-presidente da ABDAN, Ivan Dybov (foto à direita), participará do evento em uma mesa de discussão intitulada Suporte Industrial para a Transição Energética. “A troca de conhecimentos e a cooperação regional são fundamentais para avançar nas tecnologias nucleares que podem ajudar a mitigar os efeitos das mudanças climáticas”, afirma Dybov.
O tema principal do Simpósio da LAS/ANS de 2024 é: “Cooperação Regional para a Transição Energética: O Papel da Energia Nuclear dentro das Restrições Ambientais e Tecnológicas”. Esse tema central foi escolhido devido ao reconhecimento global de que tanto as energias renováveis quanto a nuclear são essenciais para combater os problemas ambientais. Para limitar o aumento da temperatura global abaixo de 2°C até 2050, pelo menos 80% da eletricidade mundial deve ser de baixo carbono. Este fato está levando as autoridades de diversos países a diversificar seus programas de geração de eletricidade, integrando Nuclear e Renováveis em suas matrizes energéticas. O simpósio tradicionalmente reúne personalidades do campo nuclear de países da América do Sul, bem como da América do Norte, Europa e Ásia.
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