PRJN ENGENHARIA CONSOLIDA CRESCIMENTO NO MERCADO INDUSTRIAL E DIVERSIFICA SUA ATUAÇÃO PARA VÁRIOS SETORES

Criada em 2016 como uma subsidiária da Projectus Consultoria, a empresa PRJN Engenharia vive um momento de consolidação no mercado industrial, ao mesmo tempo em que também busca ampliar suas áreas de atuação. Em entrevista ao Petronotícias, o presidente da companhia, Márcio Cancellara, explica que a PRJN está presente em diversos segmentos industriais, tais como Óleo & Gás, Química e Petroquímica, Papel e Celulose, Farmacêutica, Alimentação, Automobilística, Energia e Logística. Com menos de 10 anos de existência, a empresa já registra bons resultados, com um crescimento de mais de 300% em cinco anos. Especificamente no ramo de petróleo e gás, a companhia está envolvida em importantes empreendimentos: “Estamos concluindo os projetos do Sistema de Blowdown da RPBC (Refinaria Presidente Bernardes) e do Sistema de Osmose Inversa da REDUC (Refinaria Duque de Caxias), e executando os projetos para Modernização do Terminal de Alemoa, em Santos”, conta o executivo, que tem mais de 40 anos de experiência em Engenharia Consultiva de Projetos e Gerenciamento de Empreendimentos. Cancellara também relata os investimentos e estruturações recentes dentro da empresa, com a criação de departamentos focados em Inovação e Tecnologia e Desenvolvimento de Negócios. Olhando para o futuro, o entrevistado se mostra otimista, ainda que diante dos desafios atuais da economia do país. “Apesar disso, acreditamos que a construção de novas plantas, bem como a ampliação e a renovação das plantas existentes, será constante. Estaremos atentos a todas as oportunidades que surgirem”, concluiu.

Para começar, seria interessante explicar aos nossos leitores os motivos que levaram a criação da PRJN Engenharia. Quais foram as janelas de oportunidades que possibilitaram esse movimento?

A PRJN foi criada em 2016 como uma subsidiária da Projectus Consultoria. Naquela época, enfrentávamos as consequências da Operação Lava Jato e o país passava por anos de recessão. Compreendemos que, estrategicamente, seria comercialmente recomendável separar os segmentos de atuação da empresa. Dessa forma, a PRJN passou a atuar exclusivamente no segmento industrial, enquanto a Projectus se concentrou na área de infraestrutura. Com essa decisão conseguimos reter todas as gerências, lideranças e principais profissionais, responsáveis pelo êxito da empresa. A recepção no mercado foi excelente, permitindo que a empresa rapidamente ocupasse espaço, mesmo durante o período recessivo do país. Hoje, contamos com clientes como Braskem, Petrobras, Grupo Unigel, General Motors e outros.

Qual será o foco de atuação da nova empresa?

A PRJN atua em projetos e gerenciamento para diversos segmentos industriais como Óleo & Gás, Química e Petroquímica, Papel e Celulose, Farmacêutica, Alimentação, Automobilística, Energia e Logística, diversificando o portfólio da empresa.

De que forma a companhia pretende atuar no segmento de óleo e gás?

Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão

Com a criação da PRJN, o acervo técnico e operacional da Projectus foi oficialmente transferido para a nova empresa. As equipes gerenciais e de engenharia também migraram, garantindo a manutenção do conhecimento adquirido, especialmente no setor de Óleo & Gás, onde o grupo completou mais de 200 contratos e desenvolveu cerca de 60 unidades de processo.

Estamos otimistas quanto a participação dos investimentos da Petrobras na área Onshore como RNEST (Refinaria Abreu e Lima) e GasLub. Estamos concluindo os projetos do Sistema de Blowdown da RPBC (Refinaria Presidente Bernardes) e do Sistema de Osmose Inversa da REDUC (Refinaria Duque de Caxias), e executando os projetos para Modernização do Terminal de Alemoa, em Santos.

Poderia compartilhar conosco um pouco do planejamento da nova companhia? Como a PRJN pretende conquistar novos negócios?

A PRJN experimentou um crescimento acelerado de mais de 300% em cinco anos. Para apoiar essa expansão, contratamos uma assessoria especializada que nos auxiliou na inserção no mercado e na adequação da estrutura organizacional. Foram criados departamentos essenciais, como Inovação e Tecnologia, Desenvolvimento de Negócios e o Núcleo de Inteligência, com o objetivo de atender adequadamente às necessidades do mercado.

Gostaria também que falasse um pouco das tecnologias que a empresa utiliza para levar inovação ao mercado de engenharia.

Os departamentos mencionados acima têm a função de manter a empresa atualizada na busca de soluções que garantam a execução de empreendimentos dentro do prazo, com custos controlados e utilizando a melhor tecnologia disponível.

Este ano, foram criados três comitês com essa finalidade. O Comitê de Ferramentas de Gestão visa reunir as práticas gerenciais mais modernas; o Comitê de Inteligência Artificial tem a função de pesquisar, desenvolver e verificar a aplicabilidade da IA na engenharia e nos demais departamentos da empresa; e o Comitê de BIM (Building Information Modeling) foi criado para aprimorar ainda mais a metodologia BIM, já aplicada há anos, auxiliando nas atividades de construção e montagem.

Estamos também iniciando estudos sobre a metodologia AWP (Advanced Work Packaging).

Como está a prospecção de novos negócios? Pode compartilhar alguns dos novos contratos que estão no horizonte?

Fábrica da Eurofarma em Montes Claros (MG)

Entendemos que há uma retração momentânea nos investimentos privados, especialmente de multinacionais. Desde 2018, optamos por diversificar nossos setores de atuação além de Óleo & Gás. Nos últimos dois anos, conseguimos penetrar nos setores Farmacêutico, Biogás, Automobilístico e Logístico. Além dos contratos Petrobras mencionados, temos serviços sendo prestados para a Eurofarma, em sua nova fábrica de Montes Claros (MG), Ultracargo, Edge, Biometano e outros.

Por fim, quais são as perspectivas da empresa com o ambiente de negócio nesse segmento de engenharia industrial nos próximos anos?

O Brasil está atravessando um momento de mudanças econômicas, tributárias e políticas, gerando certa insegurança para os negócios. Apesar disso, acreditamos que a construção de novas plantas, bem como a ampliação e a renovação das plantas existentes, será constante. Estaremos atentos a todas as oportunidades que surgirem.