PRODUÇÃO ANUAL DA PETROBRÁS EM 2023 CRESCEU 3,7%, ENQUANTO A VENDA DE DERIVADOS TEVE RECUO DE 0,5%
A produção anual de óleo e gás da Petrobrás em 2023 foi de 2,782 milhões de barris de óleo equivalente por dia, um crescimento de 3,7% na comparação com 2022. Já a produção total operada chegou a 3,87 milhões de barris de óleo equivalente por dia, superando assim o recorde anterior de 3,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2022. Os dados foram divulgados pela estatal no início desta noite (8).
“O quarto trimestre de 2023 consolidou os bons resultados que alcançamos ao longo do ano. O ano de 2023 foi de muito trabalho, mas ao mesmo tempo de muitos êxitos e conquistas pela Petrobras. Recordes ocorreram em diversas áreas da companhia, do E&P ao Refino, coroando todo o esforço do nosso time. Estamos extremamente orgulhosos”, afirma Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
No quarto trimestre do ano passado, a produção média de óleo, LGN e gás natural alcançou 2,94 milhões de barris de óleo equivalente por dia – valor 2,0% acima em relação ao trimestre anterior. A Petrobrás disse que o resultado se deve, principalmente, ao ramp-up das plataformas P-71, no campo de Itapu, FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios e dos FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador. “Também contribuiu para o resultado do 4T23 a entrada de 4 novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos e Santos. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo declínio natural de campos maduros”, detalhou a companhia.
A produção de petróleo no pré-sal durante o quarto trimestre foi de 1,937 milhão de barris por dia, que representa uma alta de 3,5% na comparação com o terceiro trimestre. A Petrobrás disse que a alta aconteceu em função do desempenho do FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios, da P-71, no campo de Itapu, e do FPSO Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador, além da menor quantidade de paradas na comparação com o terceiro trimestre.
Já a produção própria somada de óleo e gás da estatal no pré-sal ao longo de todo o ano foi de 2,17 milhões de barris de óleo equivalente por dia, um novo recorde que superou a melhor marca que havia sido registrada em 2022 (1,97 milhão de barris de óleo equivalente por dia). A companhia também anunciou um recorde na produção própria de óleo e gás no pré-sal durante o quarto trimestre: 2,33 milhões de barris de óleo equivalente por dia (recorde anterior de 2,25 milhões de barris de óleo equivalente por dia no 3T23).
No segmento de Refino, Transporte e Comercialização, o fator de utilização total (FUT) do parque do refino foi de 92% em 2023, 4 pontos percentuais acima de 2022, mesmo com a realização de relevantes paradas programadas ao longo do ano nas refinarias REFAP, RPBC, REDUC e REGAP. A produção total de derivados foi de 1,772 milhão de barris por dia em 2023, 1,7% acima da produção de 2022. Esse crescimento garantiu a melhor alocação do óleo nacional e permitiu atender o mercado com os derivados produzidos no Brasil, reduzindo as importações.
“Em 2023, alcançamos novo recorde de processamento de óleos do pré-sal, que representaram 65% da carga processada no Refino, 3 pontos percentuais acima do resultado de 2022. O pré-sal possui uma combinação de alta produtividade, petróleo com menor pegada de carbono e maior rendimento de diesel, gasolina e QAV”, acrescentou a petroleira.
VENDA DE DERIVADOS
O volume de vendas de derivados no quarto trimestre foi de 1,733 milhão de barris por dia, queda de 4,8% em relação ao trimestre anterior, principalmente em função do diesel, do GLP e da gasolina. “A redução de 6,6% nas vendas de diesel no último trimestre do ano em relação ao terceiro tri ocorreu devido à sazonalidade do consumo, usualmente mais elevado no terceiro trimestre do ano por conta do plantio da safra de grãos de verão e da atividade industrial”, detalhou.
Em 2023 as vendas se mantiveram praticamente estáveis em relação à 2022, totalizando 1,744 milhão de barris por dia – queda de 0,5%. “Destacamos o aumento das vendas de gasolina em 2,7%, as maiores nos últimos 6 anos, impactadas pelo aumento do mercado ciclo Otto e ganho de participação em relação ao etanol hidratado em boa parte do ano”.
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