PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS DA PETROBRÁS NO BRASIL CAIU 2,6% NO PRIMEIRO SEMESTRE
A produção no Brasil de óleo, LGN e gás da Petrobrás no primeiro semestre do ano foi de 2,507 milhões de barris de óleo equivalente (boe) por dia. O número representa uma queda de 2,6% na comparação com o mesmo período de 2018, quando a estatal alcançou 2,573 milhões de boe por dia. Alguns fatores ajudam a explicar a redução, como a venda de 25% do campo de Roncador e dos ativos da Petrobras America. Somando o efeito só dessas operações, o impacto na produção da estatal foi de 72 mil de barris de óleo equivalente diários.
Além disso, paradas de manutenção de plataformas e o declínio de produção dos campos do pós-sal também afetaram o desempenho no seis primeiros meses do ano. No caso dos campos de pós-sal profundos e ultra profundos, a queda foi de 17,2% em relação ao primeiro semestre de 2018 (715 mil boe por dia). Os ativos de águas rasas também tiveram desempenho inferior (69 mil boe por dia), com diminuição de 25,9% usando a mesma base de comparação.
Mas nem todos os números foram negativos para a petroleira ao longo dos seis primeiros meses de 2019. Levando em conta o desempenho do segundo trimestre, a produção de óleo e gás cresceu 3,7% na comparação com o primeiro trimestre, totalizando 2,553 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O pré-sal também apareceu como destaque positivo. A camada foi responsável por 1,168 milhões de barris de boe por dia no segundo trimestre, uma alta de 12,7% ante o primeiro trimestre.
PROBLEMAS NO MÊS DE JUNHO AFETARAM DESEMPENHO OPERACIONAL DA PETROBRÁS
O resultado do segundo trimestre só não foi melhor por conta de problemas operacionais enfrentados pela companhia em junho. Um deles se refere à estabilização das plantas de gás dos novos sistemas de produção de Búzios, devido à maior complexidade (plantas de gás de maior porte, com maior número de equipamentos e sistemas, com tratamento de grandes volumes de H2S e CO2, além de maior grau de automação chegando a 20 mil pontos de controle).
“O tempo de comissionamento das plantas de gás tem sido superior ao que foi alcançado nas plataformas instaladas no campo de Lula. Esses fatores causaram a postergação da entrada de novos poços produtores, resultando em uma produção em Búzios de 180 mil boed abaixo do previsto no mês de junho”, detalhou a companhia.
A empresa ainda foi afetada por uma parada não programada de 14 dias no FPSO Cidade de Mangaratiba, no campo de Lula, para correção no sistema de desidratação de gás – o que impactou a produção em 60 mil boed em junho.
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