PRODUÇÃO DE QUÍMICOS INDUSTRIAIS CAIU MAIS DE 8% NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2018
Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim, indicou que de janeiro a março de 2018, o índice de vendas internas cresceu 3,03%, sobre igual período do ano passado. No entanto, nos meses de janeiro e fevereiro, a alta havia sido de 6,36% em relação aos mesmos meses de 2017. Já a produção caiu 8,03% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2017. A queda é justificada por paradas programadas e não programadas para manutenção, especialmente na região Nordeste do País, incluindo os efeitos e impactos do apagão que ocorreu no dia 21 de março. A diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, disse que “A química trabalha em processo contínuo e a retomada das atividades nas plantas industrias, especialmente em paradas inesperadas, pode demorar um tempo imprevisível, neste caso superior a até uma semana”.
O consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais importação menos exportação, registrou redução de 12,9% no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2017. Além da queda na produção, o índice foi afetado pela redução das importações de intermediários para fertilizantes, devido ao ajuste nos estoques e a previsão que a safra agrícola de grãos tenha um recuo, em volume, da ordem de 11% em 2018, sobre a safra do ano passado. Em razão da queda da produção, o índice de utilização da capacidade ficou em apenas 73%, desempenho abaixo do obtido no mesmo período do ano passado, com recuo de seis pontos porcentuais. A taxa média de ocupação dos últimos 12 meses foi de 78%, dois pontos abaixo daquela verificada nos 12 meses imediatamente anteriores. A piora da produção também se refletiu nas exportações de produtos fabricados internamente, que teve declínio de 28,2% nos primeiros três meses de 2018, sobre igual período do ano passado.
Após 27 meses de resultados positivos, o índice de produção inverteu o sinal, passando a apresentar recuo de 1,16% de abril de 2017 a março de 2018, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. “Apesar da desaceleração recente, a indústria encontra-se mais otimista, sobretudo com o recuo da inflação, dos resultados das contas nacionais e da manutenção do quadro de queda da taxa de juros. A recuperação da atividade econômica no Brasil e no mundo, e as indicações preliminares de crescimento superior ao da média geral, após três anos de declínio, no PIB total e industrial do Brasil, geram perspectivas positivas para os próximos meses”, afirmou Fátima.
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