PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO TERÁ UMA COORDENAÇÃO CENTRAL PARA SER UM PROJETO DE ESTADO E NÃO DE GOVERNO
O Seminário Internacional de Energia Nuclear assistiu no final da manhã desta quarta-feira(12), um debate de alto nível entre os presidentes das duas instituições privadas mais importantes do setor nuclear, com uma boa participação da plateia de lotou o auditório da Bolsa de Valores no Rio de Janeiro neste primeiro dia de realização do evento. Celso Cunha, Presidente da ABDAN – Associação Brasileira de Desenvolvimento das Atividades Nucleares – e Olga Simbalista, Presidente de Associação Brasileira de Energia Nuclear.
Os dois trouxeram informações importantes, principalmente sobre uma espécie de coordenação do planejamento nuclear brasileiro, que ficará a cargo do GSI, o Gabinete de Segurança Institucional. Através dessa coordenação as várias e importantes atividades nucleares do país, desde a produção e mineração de urânio, seu enriquecimento, o combustível e suas aplicações, o projeto do submarino nuclear brasileiro que está sendo feito na Nuclep e o desenvolvimento dos projetos das novas usinas nucleares para as próximas décadas. Dando características de uma política de Estado e não de governo.
O Plano Decenal de Energia, também foi tema do debate, que teve uma forte participação da plateia. A decepção era pelo plano apenas contemplar a conclusão de Angra 3. Mesmo assim para dois anos depois do planejado para Eletronuclear, em 2024. O plano divulgado privilegiou gerações complementares de energia, como eólica e solar, e as térmicas a gás. Combustível que ainda não temos em quantidade suficiente e que está sendo cobrado a preços quase absurdos e que recentemente foi o responsável pelo aumento nas contas de energia de todo brasileiro. Para se ter uma comparação, o milhão de BTU que é vendido por US$ 2, nos Estados Unidos, aqui no Brasil custa US$ 20.
Onde está o representante do governo federal neste evento? Como pode ser possível que informações como estas venham ao conhecimento do público através de debate entre duas entidades privadas? Como acreditar nesta informação?