PROGRAMA NUCLEAR DA ARGENTINA PARA PEQUENOS REATORES VAI SOBREVIVENDO MESMO DIANTE DA CRISE NO PAÍS | Petronotícias




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PROGRAMA NUCLEAR DA ARGENTINA PARA PEQUENOS REATORES VAI SOBREVIVENDO MESMO DIANTE DA CRISE NO PAÍS

ARGENTINAMesmo diante de uma das maiores crises sócio econômicas já vivenciadas, com uma  inflação  acima de 140%, as reservas financeiras quase esgotadas e sem combustíveis no país, a empresa Nucleoelétrica da  Argentina  vai tocando seu programa nuclear aos trancos e barrancos, com ajuda internacional específica. Até quando, não se sabe. A Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA) e a empresa argentina assinaram um acordo-quadro para assistência técnica para o projeto do pequeno reator modular CAREM do país. O acordo-quadro de assistência técnica foi assinado pela presidente da CNEA, Adriana Serquis, e pelo presidente da Nucleoeléctrica, José Luis Antúnez, e terá duração de dois anos, prorrogáveis por mútuo acordo, e fornece um quadro geral para contratos de desenvolvimento de plantas CAREM(Central ARgentina de Elementos Modulares).

A CNEA disse que a estrutura cobre estudos, análises e cálculos para o desenvolvimento do CAREM, supervisão em perícia de engenharia, documentação técnica, como especificações de equipamentos e assessoria sobre medidas de controle, boas práticas e lições aprendidas;  análise de riscos e oportunidades;  determinar necessidades de treinamento e, eventualmente, fornecê-las e aconselhamento sobre questões de licenciamento. As áreas específicas que poderão beneficiar do acordo serão instrumentação e controle, engenharia mecânica, montagem eletromecânica, pré-comissionamento e comissionamento, programação, proteção radiológica,adri comissionamento e operação, simulações, sistema elétrico e termo-hidráulico.

Foi também assinado o primeiro contrato no âmbito do acordo-quadro para a prestação de serviços de assistência técnica em engenharia para apoiar as previsões de concepção, construção, comissionamento, operação e manutenção das centrais nucleares CAREM. A CNEA afirmou que o objetivo do contrato é que a CAREM aproveite e aprenda com a experiência que a Nucleoeléctrica (NA-SA) “vem acumulando tanto na operação e manutenção das usinas argentinas, como na engenharia durante a conclusão e processos de comissionamento da planta Atucha 2 e prolongamento da vida útil da planta Embalse”. Serquis, da CNEA, disse que o  acordo-quadro “aumenta as capacidades do projeto CAREM, porque acrescenta as capacidades da NA-SA. A empresa estatal participará no arranque, na formação dos operadores e em muitos outros aspectos que são necessários para que este projeto possa funcionar  tornar-se uma realidade”.

jose luizJose Luiz Antúnez disse: “A Nucleoeléctrica Argentina nasceu da CNEA e este acordo tem grande relevância, porque estamos ajudando a realizar algo que seria um sonho há 50 anos, que é o primeiro reator projetado e construído inteiramente na Argentina. Esta é a prova da maturidade do setor nuclear argentino.” O primeiro concreto foi lançado para o protótipo do reator em fevereiro de 2014, marcando o início oficial de sua construção, porém o projeto foi suspenso em diversas ocasiões, inclusive a partir de novembro de 2019 por dois anos antes de ser reiniciado.  Em Outubro de 2022, a CNEA informou que as obras de construção civil estavam previstas para serem concluídas até 2024, com a criticidade inicial prevista para o final de 2027. O protótipo de 32 MWe é a primeira unidade de energia nuclear projetada e desenvolvida internamente na Argentina. Pelo menos 70% dos componentes e serviços relacionados do CAREM-25 deverão ser provenientes de empresas argentinas. O modelo comercial finalmente previsto pela CNEA como base de uma planta multirreator teria uma  potência superior entre 100 e 120 MWe.

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