PROIBIÇÃO E RESTRIÇÃO A NOVOS GASODUTOS VAI FAZER A PRODUÇÃO DE GÁS DOS ESTADOS UNIDOS CAIR PELO 5% ATÉ 2050
ORLANDO – Por FABIANA ROCHA – A produção de gás natural dos Estados Unidos poderá cair 5% até 2050. O consumo deverá cair 4% se nenhum novo gasoduto interestadual for construído. Quem disse isso foi a Energy Information Administration em sua publicação Panorama Atual de Energia. Isso, por sua vez, elevará os preços do gás e da eletricidade: “Os preços mais altos do gás natural que resultam de restrições de capacidade afetam principalmente o consumo de gás natural no setor de energia elétrica dos EUA, que é mais sensível ao preço do que os setores residencial, comercial e industrial.” A participação do gás natural na geração de energia deve diminuir no cenário de não haver novos gasodutos interestaduais, mas não muito. Nesse nesse cenário, a quota de gás em 2050 constituirá 31 % do total, contra 34 % no cenário de referência da agência. No entanto, em termos absolutos, a falta de novos gasodutos interestaduais reduzirá a geração de energia a gás em 11% em 2050 em comparação com o cenário de referência.
Ao mesmo tempo, qualquer proibição de novos dutos interestaduais – uma prerrogativa do governo federal – não levará a nenhum declínio significativo nas emissões de dióxido de carbono: “Projetamos que restringir a capacidade do gasoduto interestadual de gás natural nos EUA reduziria apenas ligeiramente as emissões de dióxido de carbono (CO2) relacionadas à energia nos Estados Unidos em relação ao caso de referência. O total de CO2 de todas as fontes de combustível em 2050 é 4% menor no caso de não construção de gasoduto interestadual do que no caso de referência.”
A agência não incluiu em seu relatório foi a ligação entre a capacidade do gasoduto interestadual e o aumento das exportações de GNL dos EUA para a Europa, por compromisso do presidente Biden com Bruxelas. para compensar uma porção sólida do gás russo. Sem mais oleodutos, argumentou Blackmon, os produtores de GNL dos EUA teriam dificuldade em aumentar suficientemente as exportações.
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