PROJETO DO COMPLEXO CARBOQUÍMICO DA COPELMI PODERÁ VENDER GÁS SINTÉTICO PARA TERMELÉTRICA SEPÉ TIARAJU

Mesmo sem ter  ainda iniciado as obras do complexo carboquímico a Copelmi já se articula para comercializar o Gás Natural Sintético (GNS) que produzirá a partir do carvão. O projeto está sendo feito em conjunto com a sul-coreana Posco.  Executivos da empresa reuniram-se com o diretor executivo de Refino e Gás Natural da Petrobrás, Jorge Celestino, para discutir a ideia de abastecer a termelétrica Sepé Tiaraju, que pertence à estatal e está localizada em Canoas. O diretor de Novos Negócios da Copelmi, Roberto Faria, diz  que a usina, devido à escassez de gás natural no Estado,  iria desbastecer outros segmentos, como o industrial,  tem operado com óleo combustível.  O empresário afirma que a troca de combustível significaria uma economia para os consumidores de energia elétrica do País na ordem de R$ 2 milhões ao dia.

A substituição do óleo pelo gás natural sintético a partir do carvão, representaria gastos e impactos ambientais menores. A Sepé Tiaraju tem uma capacidade instalada para gerar até 248 MW.  Tanto Lemos como o diretor da Copelmi consideraram a reunião na Petrobrás como positiva, mas adiantou que questões contratuais e regulatórias, como a consolidação de uma nova lei do gás que está sendo debatida no congresso nacional, precisam ser resolvidas antes de se chegar a um acordo. O investimento na implantação do projeto carboquímico da Copelmi e da Posco é calculado em torno de US$ 1,7 bilhão, para uma geração de cerca de 2 milhões de metros cúbicos diários de gás. No momento, a iniciativa encontra-se em fase de pré-seleção de fornecedores de equipamentos. O mineral que será aproveitado na gaseificação será retirado do entorno dos municípios de Eldorado do Sul e Charqueadas. A demanda de carvão será na ordem de 3,5 milhões de toneladas ao ano, e o começo da operação é previsto para 2022.