PROJETO SIDERÚRGICO DE US$ 3,5 BI NO PARAGUAI PODE DEMANDAR ENERGIA DE ITAIPU

A Rio Tinto Alcan, subsidiária da anglo-australiana Rio Tinto, está disposta a investir cerca de US$ 3,5 bilhões no Paraguai. A principal ideia da companhia é montar um complexo de produção de alumínio e industrialização do produto no país.

O investimento reascendeu as discussões políticas e econômicas, exatamente a três meses da eleição presidencial. Um dos pontos que pode gerar polêmica é a necessidade de energia que será gerada pelo empreendimento, cuja demanda pode vir a ser suprida pela hidrelétrica de Itaipu.

Um memorando de entendimento foi assinado em dezembro, e o empreendimento deve consumir uma potência instalada de 1.100 MW, ou uma turbina e meia da hidrelétrica binacional. Hoje, o país usa apenas uma das 20 turbinas de Itaipu, enquanto o resto da energia produzida na sua parte da usina (mais nove turbinas) é revendido ao Brasil.

O grupo Rio Tinto, que controla a subsidiária canadense produtora de alumínio, faturou no ano passado US$ 65 bilhões, quase o triplo do PIB nominal paraguaio, de US$ 23 bilhões em 2011.