PROJETOS DE CONSTRUÇÃO DE NOVOS GASODUTOS NO PAÍS GANHAM FORÇA E EXIGIRÃO INVESTIMENTOS PRIVADOS
O Brasil pode receber investimentos para construção de pelo menos 15 novos gasodutos nos próximos anos nessa onda de expansão do mercado do gás no país. Todos oriundos de investimentos privados. Pelo menos é o que a a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) está projetando como potencial para o um novo mercado. Se essa previsão se confirmar, será um investimento considerável, de bilhões, para se levar a produção do pré-sal e da Bacia de Sergipe-Alagoas aos principais centros de consumo do País. Esta projeção chegou a ser apresentada na Rio Pipeline deste ano e voltará a ser tema durante a OTC Brasil, que este ano será realizada em menor escala, tendo o Centro Sul América como sede. Os projetos estão em linha com a previsão de que a oferta líquida de gás no País vai passar dos atuais 59 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) para 147 milhões de m³/d, nas bacias de Campos, Santos e Sergipe-Alagoas – as duas primeiras na região do pré-sal.
A previsão é de construção pelo menos três gasodutos de transporte de maior porte. O primeiro de ampliação do Gasbol na Região Sul do País, outro em Uruguaiana, que poderá interligar o Brasil à Argentina, e outro de São Carlos, São Paulo, até Brasília. Esse gasoduto terá o foco de atender principalmente o agronegócio e consumidores de uma fábrica de fertilizantes que começou a ser construída pela Petrobrás, mas teve o projeto suspenso em Três Lagoas, em Goiás. Apenas esse último projeto, o do gasoduto Brasil Central, deve movimentar cerca de R$ 7 bilhões na construção.
A EPE avalia a instalação de mais oito trechos interligando regiões de produção e importação e centros consumidores, com demandas específicas. Há outros cinco projetos de instalação de linhas de escoamento, entre os poços produtores das bacias de Campos e Santos, no pré-sal, de Sergipe-Alagoas e Espírito Santo. Os gasodutos de escoamento do pré-sal são as rotas 4, 5 e 6. A Petrobrás já construiu com sócios as rotas 1 e 2 e está construindo sozinha a rota 3, que levará o gás do campo de Búzios para ser processado no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Cada uma dessas redes de escoamento deve demandar a instalação de uma unidade de processamento de gás natural (UPGN), com custo estimado em R$ 2,3 bilhões cada uma. Na Bacia de Santos, onde está a maior parte do pré-sal, é possível que sejam instaladas duas UPGNS, segundo a EPE.
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