PROJETOS EÓLICOS SÃO DESTAQUE EM LEILÃO A-3 REALIZADO NESTA SEXTA

Nesta sexta-feira foi realizado o 22º leilão de energia nova A-3, para as fontes eólica, hídrica e termoelétrica (biomassa e gás natural), com um total de 314,3 MW médios de energia negociados, o que representa uma adição de 669,5 MW em capacidade instalada e 331,97 MW médios de garantia física. A fonte eólica foi o destaque do certame, com contração de 538,8 MW.

Apesar do bom resultado das eólicas, apenas 19 empreendimentos foram viabilizados dos 338 projetos habilitados. O preço médio da fonte ficou em R$ 181,14/MWh, um deságio de 1,55% ante seu preço teto de R$ 184/MWh. O Nordeste se destacou novamente, com sete projetos no Maranhão e os outros 12 divididos no Piauí e Ceará.

A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABBEólica), Elbia Silva Gannoum(foto), afirmou que o leilão superou as expectavas em termos de demanda. “Estávamos trabalhando com uma possibilidade de demanda ainda menor para este leilão, tendo em vista a conjuntura económica do país e as características naturais de um leilão A-3, neste aspecto o leilão surpreendeu”.

A fonte de Pequenas Centrais Hidrelétrica teve sete projetos viabilizados dos 17 habilitados, quatro em Minas Gerais, dois em Santa Catarina e um no Rio Grande do Sul, totalizando 66,1 MW em capacidade instalada. O preço médio do produto quantidade ficou em R$ 205,01/MWh, deságio de 5,08% sobre o preço teto de R$ 216/MWh.

As térmicas chegaram a um preço médio de R$ 212,75/MWh deságio de 2,41% sobre o preço teto de R$ 218/MWh. Somente três projetos foram contratados, dos quais um a gás natural na Bahia com 28 MW de capacidade instalada, um a bagaço de cana  no estado de São Paulo e outro a casca de arroz no Rio Grande do Sul, totalizando 64,5 MW de capacidade instalada.

Ao todo, o leilão conseguiu movimentar R$ 10,955 bilhões. O início do suprimento de energia será a partir de 1 de janeiro de 2018. O preço médio geral do certame ficou em R$ 188,87/MWh.