PROTESTOS DOS AGRICULTORES PODEM FAZER A UNIÃO EUROPEIA DECIDIR HOJE O FIM DO ACORDO PARA UM MERCADO COMUM COM O MERCOSUL
A União Europeia (UE) pode decidir hoje (1º) tomar algumas importantes decisões pressionada pela greve e pelos protestos dos agricultores em vários países da Europa, principalmente na Bélgica, Holanda, Alemanha, Grécia, Itália e na França. E na noite passada, os agricultores portugueses e espanhóis decidiram aderir ao movimento. A UE, que começou uma cimeira hoje em sua sede em Bruxelas, pode atender a uma das principais reivindicações, que é o fim das tratativas de um mercado comum entre a Europa e o Mercosul, atingindo diretamente o Brasil, o maior exportador de produtos agropecuários dos países do Mercosul para a Europa. O lema do movimento é forte: “Nosso fim será a sua fome”. Os agricultores também querem a valorização do setor e condições justas de produção e preços reais. Querem manter também os subsídios para todos os agricultores.
O movimento que começou na França, se espalhou por alguns países europeus, com agricultores bloqueando estradas com tratores e caminhões impedindo a passagem de todos, inclusive de outros caminhões que transportam outros produtos para os supermercados e também para as indústrias. Já está faltando muitos produtos nos supermercados desses países. O movimento se agrava porque os agricultores da Espanha e Portugal aderiram aos protestos ontem a noite e diversas estradas, principalmente em Portugal, já estão fechadas. Os agricultores portugueses estão na rua com os seus tratores, de norte a sul do país. Várias estradas nos distritos da Guarda, Portalegre, Beja e Santarém, incluindo a ponte da Chamusca, foram impedidas. São mais de 2 mil agricultores e 600 tratores em todo Portugal, segundo a Guarda Nacional.
Na zona do Ribatejo e Oeste, o protesto foi concentrado na Ponte da Chamusca depois de duas autarquias da região, Barquinha e Entroncamento terem recusado autorizar manifestações nos seus concelhos. No distrito de Portalegre, também continua cortada a A6, na fronteira do Caia-Elvas. Ainda em Portalegre está cortada nos dois sentidos a Estrada Municipal entre a área de serviço do Caia e Badajoz, na Espanha, bem como a EN246-1, entre Portagem e Galegos, no conselho de Marvão. No distrito de Beja, foi impedido o tráfego junto à fronteira de Vila Verde de Ficalho e também Paymogo, do lado da Espanha, assim como no distrito de Évora e Villanueva del Fresno, na Espanha.
“Não calculam o que isso foi bom para nós, porque aquilo que menos queremos é que haja algum acidente colateral. O nosso propósito é alertar quem nos governa para as medidas erráticas que têm tomado. Não queremos causar, de maneira nenhuma, problemas a terceiros”, declarou Ricardo Estrela, porta-voz do Movimento Civil Agricultores de Portugal.
“O protesto está ocorrendo de forma ordeira e que decorra com o máximo civismo possível. A rodovia A-25 está bloqueada, mas estamos deixando alternativas para que o trânsito consiga circular. Bem sei que com dificuldades, mas se não criarmos transtornos não somos ouvidos. Os agricultores têm intenção de manter o protesto até se perceber que alguma coisa de diferente vai mudar”, acrescentou Estrela.
O movimento pretende pedir uma audiência à ministra da Agricultura, à Presidência da República e aos grupos parlamentares: “Nós não vamos partir nada, não vamos voltar caminhões, não vamos agredir ninguém. Nós estamos aqui por nós, pelas nossas famílias, pela nossa sobrevivência. O não pagar os subsídios à hora certa e estão previstos cortes de 35% nos apoios a produção em proteção integrada. Assim é impossível trabalhar, porque as candidaturas foram feitas dentro da lei obedecendo às diretivas do Governo, e nada disto pode acontecer”.
É bom que aqueles vira latas que criticam a política de CONTEÚDO NACIONAL leiam e reflitam a respeito, se forem capazes. O mundo é cada dia mais protecionista e assim continuará. Aqueles que abrem seus mercados a troco de banana e exportam seus empregos, serão para sempre condenados ao subdesenvolvimento. As barreiras se levantam em toda Europa e também nos EUA. A pandemia derrubou por terra a política de globalização dos meios produtivos. As nações perceberam que não podem depender dos países asiáticos e tem que buscar a auto suficiência. No caso da Europa, os agricultores impulsionam esse protesto pois… Read more »