PRUMO LOGÍSTICA TEM PREVISÃO DE INVESTIR R$ 15 BILHÕES EM PROJETOS VOLTADOS PARA TRANSIÇÃO DE ENERGIA | Petronotícias




faixa - nao remover

PRUMO LOGÍSTICA TEM PREVISÃO DE INVESTIR R$ 15 BILHÕES EM PROJETOS VOLTADOS PARA TRANSIÇÃO DE ENERGIA

PRUMO-300x200A Prumo Logística, holding responsável pelo desenvolvimento do Porto do Açu, anunciou hoje (30) a previsão de R$ 15 bilhões de investimentos em projetos voltados à transição energética, em até dez anos, no complexo porto-indústria, localizado na região norte do Rio de Janeiro. A divulgação foi feita durante o Prumo Day, que reuniu grandes players globais para discutir as oportunidades e os desafios da transição energética e do desenvolvimento da indústria de baixo carbono no Brasil. Rogério Zampronha, CEO da Prumo Logística, disse que “Estamos estruturando o Porto do Açu para transformá-lo no principal porto da transição energética no Brasil. Nossa expectativa é que, até o final desta década, os projetos de baixo carbono estejam implementados, sendo um dos poucos portos no mundo com industrialização de baixo carbono.” Em operação desde 2014, o Porto do Açu é o maior complexo porto-indústria de águas profundas da América Latina. Ao todo, o complexo já recebeu R$ 22 bilhões em investimentos.

Os novos aportes em projetos de transição energética anunciados nesta quarta-feira incluem memorandos de entendimento e outros acordos já assinados paraPRUMO 2 instalação de projetos eólicos offshore e plantas de hidrogênio renovável, soluções para a siderurgia de baixo carbono, produção de fertilizantes nitrogenados, geração solar fotovoltaica e de biogás. Entre os acordos já anunciados pelo Grupo, estão parcerias para desenvolver plantas de hidrogênio verde com  SPIC Brasil, além de projetos de eólica offshore com EDF Renewables, TotalEnergies e Neoenergia.

A Prumo e a Geo Bio Gas&Carbon, líder no desenvolvimento da cadeia de biogás no Brasil, assinaram no evento uma nova parceria para a realização de um estudo de viabilidade para potencial instalação de uma planta de geração de biogás no porto-indústria ou em regiões adjacentes. O acordo está dentro do pacote de R$ 15 bilhões de investimentos previstos em projetos voltados à transição energética. Pelos termos do Memorando de Entendimentos (MOU), será avaliada a instalação da fábrica e também o uso da infraestrutura logística de apoio do Açu, incluindo plantas de purificação, produção de LEVYbiocombustíveis, liquefação e unidade de produção de hidrogênio de baixo carbono.

A unidade será a primeira dedicada à produção de biogás no Açu e o objetivo é que o biogás possa atender as empresas instaladas no complexo portuário. Com tecnologia proprietária da Geo Bio Gas&Carbon, a planta em estudo terá capacidade de produção de 200 mil m³/dia de biometano. As discussões em curso para a conexão do Porto do Açu com a malha de gasodutos doméstico, através da NTS ou da TAG, constituem fator importante para a constituição da parceria já que há a possibilidade de escoamento do biogás através destas rotas futuras. Os estudos devem ser desenvolvidos por até dois anos até a decisão de investimento.

O Prumo Day contou ainda com a participação de Joaquim Levy(foto a esquerda), ex-Ministro da Fazenda e Diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Banco Safra. O palestrante principal falou sobre a necessidade de estabelecimento das bases que sustentarão o crescimento do PIB nos próximos anos no Brasil, cada vez mais baseado nas vantagens comparativas relacionadas ao baixo carbono. “Nosso país é único de grandeCAMARGO magnitude capaz de chegar à economia de emissões líquidas zero com as tecnologias atuais. Além disso, temos um grande efeito portfólio, com uma matriz diversa e capaz de tratar problemas de intermitência de forma sustentável por meio de um sistema elétrico único, integrado e coordenado, que consegue transportar energia de diferentes fontes para todo o Brasil.”

Na primeira mesa, com moderação de Jorge Camargo, chairman do Grupo Ultra e conselheiro da Prumo e da afiliada Vast, os painelistas debateram a neoindustrialização e como desenvolver a indústria de baixo carbono no Brasil. Participaram da PRUMO CONVIDADOSsessão Rogerio Nogueira, Diretor de Relações com Investidores da Vale, André Clark, VP para o hub América Latina da Siemens Energy, Dorian Zen, CEO da Toyo Setal, e Carla Primavera, superintendente da área de energia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No painel final, moderado por Rogério Zampronha, os convidados Charles Fernandes, Country Chair e Diretor Geral da TotalEnergies, Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia, e Ítalo Freitas, vice-presidente de Engenharia de Expansão da Eletrobras, discutiram as oportunidades e desafios da transição energética para o Brasil.

O evento também teve a participação do CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, que falou sobre a  ampliação do mercado livre que é vista por ele como  um fator diferencial que permitirá reduzir o custo da energia elétrica, como também fomentará a oferta de soluções energéticas integradas ao perfil do consumidor. Segundo o executivo, esse novo cenário depende de um marco regulatório robusto, com direitos e obrigações muito bem definidos, para funcionar de forma adequada.Ele falou no painel  “Transição Energética: oportunidade e desafios para o Brasil” ao lado de mais representantes do mercado. Para o CEO, existem hoje dois pontos que precisam de ajustes para permitir o avanço da liberalização do setor elétrico:  “O primeiro ponto é a disparidade de preços entre o mercado regulado e o mercado livre, poisneo essa distorção poderá provocar uma procura para a contratação livre sem considerar os contratos legados das distribuidoras. O segundo é a segurança de mercado e a transparência de preços.

Ele considerou que o Brasil precisa dar um passo adiante na transparência de preços e nas garantias financeiras exigidas dos comercializadores. “A regra de mercado não é eficaz, mas acredito que vamos caminhar na direção certa, afirmou. Para Eduardo Capelastegui, o mercado necessita de regras estruturais de segurança que desestimulem agentes que visam ganhos no curto prazo. Em relação à transição energética, Capelastegui comentou que três fatores serão decisivos para o desenvolvimento de soluções integradas. São eles: a oferta de energia limpa; a tecnologia e o expertise dos operadores; e a governança para a viabilidade de um novo modelo de negócios, em que o operador, o investidor e o consumidor final atuam de forma conjunta.

 

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of