QUADRA CAPITAL ARREMATOU COMPANHIA DOCAS DO ESPÍRITO SANTO POR R$ 106 MILHÕES

A primeira desestatização portuária do Brasil foi realizada hoje, com o leilão da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). A empresa foi adquirida pela FIP Shelf 119 Multiestratégia, liderado pela Quadra Capital, por uma outorga de R$ 106 milhões. O certame foi realizado hoje na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. A nova controladora da Codesa deve investir pelo menos R$ 850 milhões, sendo 335 milhões na ampliação dos portos de Vitória e de Barra do Riacho.

Além da Quadra, o leilão teve outra concorrente – um consórcio liderado pela Vinci Partners. O certame teve uma longa disputa, com quatro dezenas de lances e chegou a uma outorga de R$ 106 milhões. Com a desestatização, a Codesa deixa de ser uma empresa pública e torna-se de capital privado após o pagamento de R$ 326 milhões por suas ações. A nova companhia vira concessionária dos dois portos com fiscalização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A modelagem inédita no Brasil foi proposta pelo Ministério da Infraestrutura e estruturada pela Fábrica de Projetos do BNDES.

“A bem-sucedida desestatização da Codesa nos mostra que o futuro da infraestrutura de transportes está cada vez mais próxima da gente. Com os investimentos previstos, será possível dotar os portos de Vitória e de Barra do Riacho das melhores práticas e tecnologias existente no mundo hoje. Na prática, é desenvolvimento, empregos e aprimoramento de toda a cadeia logística brasileira”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, que está de saída da pasta para concorrer ao governo de São Paulo.

Após o leilão, o ministro disse que o governo pretende passar outros três portos do país à iniciativa privada ainda em 2022. Entre eles está o Porto de Santos, o maior da América Latina, além dos portos de Itajaí (SC) e São Sebastião (SP).