QUASE 30% DAS EMPRESAS DO SETOR DE ÓLEO E GÁS PRETENDEM CONTRATAR MAIS EM 2013

As empresas que atuam no segmento de óleo e gás estão otimistas com o mercado brasileiro, de acordo com um levantamento feito pela empresa de recrutamento Robert Half, líder mundial na área, mas a mão de obra deve ser um obstáculo ainda maior em 2013, já que 29,7% das pesquisadas contratará mais no próximo ano em comparação a 2012.

Apesar de 77,8% dos entrevistados terem demonstrado boas expectativas com os negócios no país, 44,4% acreditam que o maior desafio é a escassez de mão de obra qualificada no setor de óleo e gás. Outros pontos destacados como dificuldades na pesquisa foram os salários inflacionados e a alta rotatividade profissional do segmento, além da carga tributária elevada e das incertezas com relação à economia global.

Se a falta de profissionais preparados já é uma realidade, no próximo ano deve se tornar um obstáculo ainda maior: 47,4% dos entrevistados acreditam que a dificuldade para contratar aumentará em 2013.

A procura pelos executivos e funcionários adequados às necessidades das companhias deve gerar certa briga pelos profissionais com melhor preparo, já que 37,5% dos participantes da pesquisa afirmaram que pretendem buscá-los na concorrência, enquanto 20,8% apostam em investimentos em programas de formação de talentos.  A terceira opção apontada foi contratar estrangeiros, empatada com a alternativa de busca de talentos em outros setores (12,5%).

“Quando se pensa em alternativas de longo prazo, será importante o crescimento dos investimentos tanto na formação de talentos como na busca de profissionais de outros setores, caso contrário as empresas terão muita dificuldade de compor os quadros e a inflação salarial será constante”, avalia o gerente da divisão de Petróleo e Gás da Robert Half, Fabio Porto d’Ave (foto).

Entre os quesitos apontados pela pesquisa como os de maior dificuldade de se encontrar, o fator experiência na área apareceu em primeiro lugar, com 36% das opiniões, seguido pelo inglês fluente, com 24%, e capacidade de trabalhar em equipe em terceiro, com 16%.

As áreas que estão penando mais para arregimentar bons profissionais são: Operações, com 36%, elaboração de projetos e vendas , com 16%, e manutenção, com 12%.