QUATRO DIAS APÓS INÍCIO DE APAGÃO EM SP, CERCA DE 214 MIL IMÓVEIS AINDA ESTÃO SEM ENERGIA E ANEEL PROMETE APURAR FALHAS
Já se passaram quatro dias desde o início do apagão que afetou a Grande São Paulo e ainda há 214 mil residências sem energia elétrica até às 13h desta terça-feira (15), de acordo com uma atualização da distribuidora Enel SP. Do total, cerca de 46 mil casos referem-se a ocorrências registradas nos dias 11 e 12 de outubro. No total, 2,1 milhões de pessoas chegaram a ficar sem luz na Grande São Paulo, após uma forte tempestade atingir o estado na última sexta-feira (11).
“As equipes atuam, desde os primeiros momentos da tempestade de sexta-feira, no restabelecimento de energia para os clientes que tiveram o serviço afetado e para aqueles que ingressaram com chamados ao longo dos últimos dias”, declarou a Enel em comunicado. Enquanto isso, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou hoje que a agência está comprometida em colaborar com as investigações sobre a demora na restauração do fornecimento de energia.
“Em decorrência da reincidência das falhas na prestação de serviços, a diretoria-colegiada da Aneel determinou a imediata intimação da empresa e instauração de apuração de falhas e transgressões para que, em processos administrativos específicos, assegurado o contraditório e a ampla defesa, a diretoria-colegiada da Aneel avalie a instrução de uma eventual recomendação de caducidade da concessão a ser encaminhada e apreciada pelo Ministério de Minas e Energia”, disse Feitosa ao abrir, na manhã de hoje, uma reunião da diretoria-colegiada da agência.
Na segunda-feira (14), a Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou que realizará uma “auditoria completa” para apurar responsabilidades pelo apagão que afetou a região metropolitana de São Paulo. Segundo o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, o processo incluirá também a análise da atuação da Aneel. “Alguma falha houve. Em que extensão essa falha é da fiscalização da Aneel; em que extensão essa falha é da fiscalização da própria agência do estado de São Paulo ou, em que extensão pode ter havido algum tipo de mecanismo de manipulação da própria empresa para que as falhas que ela eventualmente fazia não fossem detectadas, tudo isso a nossa investigação vai determinar e dimensionar”, explicou Vinícius de Carvalho, em entrevista à imprensa no Palácio do Planalto.
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