QUEIROZ GALVÃO RECEBE APOIO DOS SINDICATOS DE RIO GRANDE CONTRA A SUPERINTENDÊNCIA DO PORTO QUE QUER TOMAR ÁREA DA EMPRESA

benitoAinda está repercutindo muito na cidade do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, a iniciativa da Superintendência do Porto local,  de querer tomar a área do Estaleiro da Companhia Queiroz Galvão, para transformá-la em um terminal de contêineres e cargas. O sindicato dos metalúrgicos local reagiu, além da própria empresa que investiu mais de R$ 100 milhões em melhorias e expansões. Esse desejo da superintendência dos portos chega  no momento em que a Queiroz Galvão recebeu convites de grupos privados para construção de novas embarcações  para a indústria naval já planejando a retomada de investimentos na área do seu canteiro.

Para o Superintendente do Porto, Fernando Estima (foto à direita), ninguém estava usando o espaço e o porto tem demandas de mercado, de produtos florestais,fernando estima químicos e outros tipos de carga que necessitam dessa área. Ele diz que o porto não tem interesse em litígio com a Queiroz Galvão, mas o caso já está na justiça, pelos investimentos que a companhia fez no estaleiro, construindo armazéns, construindo e dragando o ancoradouro. Outro argumento de Fernando Estima, é que se a Queiroz Galvão tiver contrato para construir módulos ou embarcações, pode usar o estaleiro da Ecovix, em Rio Grande,  ou da EBR, em São José do Norte. Estranho, porque são empresas concorrentes. Para reforçar o que defende, Estima ainda revelou que teve conversas com a Petrobrás e constatou que, segundo a empresa, as regras de contratação não são atraentes para o Brasil.

Estaleiro da Queiroz Galvão na época em que operava em Rio Grande

Estaleiro da Queiroz Galvão na época em que operava em Rio Grande

A política e os sindicatos locais reagiram. E uma das vozes mais atuantes na cidade de Rio Grande, o Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Benito de Oliveira Gonçalves (foto principal), se mostrou contrariado com o a ideia de Estima: “É uma atitude impressionante. A empresa investiu e agora que está se preparando para criar mais empregos na região, o superintendente quer dar preferência para cargas. Em nome dos profissionais desempregados do setor naval, queremos chamar a atenção para este problema. O descaso do governo e a politicagem dominam a área. Até as rádios locais não querem mais nos ouvir. A classe  não pode se calar. Estamos cansados de ser massa de manobra. Chega. Nem que tenha que fazer greve de fome, me amarrar na porta do estaleiro. Queremos emprego. Queremos trabalhar e não ficar assistindo contêineres embarcar e desembarcar do porto. Vamos marcar uma assembleia para discutir o problema”.

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