QUEROSENE DE AVIÃO DISPARA E AS COMPANHIAS AÉREAS VÃO REPASSAR OS AUMENTOS PARA AS PASSAGENS
Os aumentos constantes dos preços dos combustíveis, de acordo com a política de reajustes da Petrobrás faz mais uma vítima depois dos caminhoneiros, dos consumidores do gás de cozinha, e dos carros: a indústria da aviação no Brasil. O combustível de avião disparou. E todo mundo sabe quem vai pagar a conta. A alta nas cotações internacionais do petróleo pressionam o querosene de aviação e, claro, vai bater no preço das passagens aéreas. O querosene de aviação, superou os R$ 3,30 por litro no fim de agosto, já acrescido de impostos, segundo dados da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). É o maior patamar pago pelas companhias aéreas desde 2002, quando a liberdade tarifária estava começando no Brasil. O reajuste do querosene é mensal. No ano passado, as companhias já tiveram um gasto extra com combustível de R$ 1,3 bilhão, segundo cálculos do setor. E não vaio parar por aí. A tendência é subir mais.
Mais de um terço do preço do bilhete aéreo corresponde ao combustível, segundo as companhias aéreas. No setor, o câmbio tem outro efeito: quando a moeda americana dispara, os passageiros adiam a compra da passagem. O querosene de aviação está 16% acima do pico histórico, registrado em março de 2014. Três associações do setor se uniram em um esforço para sensibilizar a ANP sobre as distorções que as entidades consideram haver na fórmula de preços praticada pela Petrobrás. O objetivo é equiparar o valor do querosene brasileiro aos preços de refinarias em países como Estados Unidos, México, Chile e outros da região. Segundo as entidades, a metodologia da Petrobras estabelece que o preço na refinaria abrange impostos, frete, custos com dutos e despesas alfandegárias, entre outros itens, provocando aumento de 31% em relação à referência de preços do golfo americano. Uma das propostas das entidades do setor seria aplicar custos de dutos e estocagem só para o volume de querosene que de fato é importado. Para o combustível refinado no Brasil, a ideia seria aplicar o preço de referência da cotação no golfo americano. Há anos, as empresas tentam, sem sucesso, reduzir a incidência de ICMS no abastecimento de aeronaves que fazem voos domésticos
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